QUE BOM, VOCÊ CHEGOU!

Meus queridos,

Seja Divino, seja Profano, sejamos nós, os dois, que bom que você veio!
Aqui, colocarei minhas impressões, fatos, comentários, pensamentos, textos interessantes de outros que fortaleçam esses elementos que em mim residem.
Meu lado místico, florescerá!
Meu lado técnico se posicionará!
E você usufruirá do meu cantinho ... o que me dá muita alegria.
Comente à vontade, se torne seguidor e compartilhe minhas ideias nas Redes Sociais.

Namastê!!!

Marcia Valéria Lira Santana



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Tpm, preconceitos ou a ode à intolerância?

Num rasgo de revelação eu decidi abrir meu coração e contar os meus. Por quê? Eu não sei. Mas talvez a minha TPM tenha umas palavrinhas a dizer sobre isso. Descobri que sou uma pessoa preconceituosa. Mentira, eu não descobri, eu já sabia. No fundo todos somos com alguma coisa, só que ninguém gosta de admitir. Mas eu não tenho problemas em admitir defeitos e faço com frequência, a fim de evitar decepções alheias.As pessoas criam expectativas umas sobre as outras e ficam profudamente magoadas quando a gente não corresponde. Mas, ei! A criação foi sua. 
 
Meus preconceitos não são com "raças", cores ou gêneros, muito menos com opções sexuais ou gastronômicas. O que cada um faz com sua vida pessoal diz respeito a ele e somente a ele. Meu preconceito é com comportamentos e formas de pensar.

Não, eu não acho que devo respeitar/aceitar a opinião de cada um. Eu não respeito a opinião de um nazista, por exemplo. Mas esse é um exemplo radical que não vem ao caso. Eu tenho muitos outros preconceitos que, no final das contas, podem ser mera intolerância. Ainda não decidi qual das duas palavras define melhor.

Eu tenho preconceito com burrice. Gente burra, desarticulada, que não consegue criar um raciocínio lógico seja pro que for. Aquela burrice de quem tem preguiça de pensar. Aquela burrice de quem prefere fazer perguntas óbvias do que parar 2 minutos para refletir sobre o assunto. Aquela burrice de quem prefere pedir pra você fazer, do que aprender como fazer. Aquela burrice de quem repete o mesmo erro várias vezes e acha uma merda quando tudo dá errado. Aquela lentidão para processar uma informação. Eu não consigo conviver ou formar uma amizade, mesmo que a pessoa tenha bom coração. O meu coração/estômago não é tão bom assim.

Eu tenho preconceito com a pobreza. Não aquela em que falta dinheiro ou comida na mesa. Aquela que falta espírito. Preconceito com gente rasa, que pode ter toda a informação do mundo, mas cujo caráter impede que ela seja relevante. Aquela pobreza de espírito a que estão condenados todos os bossais, os donos da verdade, as "assumidades" num assunto, ou simplesmente as cabeças de ervilha.

Eu tenho preconceito com quem decora nomes. Nomes de pessoas "importantes", que fizeram não sei o quê não sei quando e foi genial. Eu não tenho memória e nomes e patamares não me interessam. Me interessa apenas o que foi feito. Dá licença, eu sou cheia de preconceitos.

Eu tenho preconceito com a pobreza de educação que não tem nada a ver com o nível do ensino das escolas. Preconceito com quem escuta aquela música alta no celular, com quem faz festa em apartamento e incomoda os vizinhos, com quem empurra sua cara no bolo depois que canta parabéns, preconceito com quem fala alto e com quem não sabe falar (nem escrever).

Eu tenho preconceito com a pobreza de intelecto. E isso não quer dizer que todo mundo tem que ler Dostoiévski, mas que tem que ler bons livros. Eu tenho preconceito com quem não lê. Com quem não tem um título sequer para me indicar. Ou um filme fantástico na manga. Ou que escuta música de péssima qualidade (e péssima qualidade pressupõe uma uninamidade de que aquilo é muito ruim). Ou não tem um assunto para uma mesa de bar.

Eu tenho preconceito com aquele hippie super astral e cabeça fresca sem preconceitos, que quer viver de pulseira de missanga, é contra o consumo e o capitalismo, que toca maracatu e é do mangue, mas que fuma maconha à custa da mesada dos pais CAPITALISTAS. Mas esse preconceito quem ensinou foi mamãe. Eu tenho preconceito com gente preguiçosa, que dorme no ponto e se deixa levar nas costas. Morro de preconceito com gente incompetente.

Eu tenho preconceito com quem não toma banho, não escova os dentes e faz a linha sujinho-descolado e, por isso, não consigo dar créditos nem apreciar qualquer tipo de talento: Janis Joplin e Bob Marley, vocês não conquistaram meu coração. Sou pobre, mas sou limpinha, faz mais a minha linha (e essa rima?)

Eu tenho preconceito com quem jura que é "malvado", que é polêmico, que incendeia as discussões, que causa furor e argumenta, que não está nem aí pra nada nem pra ninguém, que "fala-mermo". Que preguiça que eu tenho de discussão.

Tenho preconceito com crenças e idolatrias religiosas, mas religião é assunto pessoal (de foro íntimo, profundo e exclusivo) que não se discute.

Eu tenho preconceito com quem vai me esculhambar depois deste texto. Amigo, você não sabe da missa, um terço. Mas tudo bem. Qual a sua lista de preconceitos?

Um beijo da tpm.

 
Vivi Olive. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011


NÓS e 7 BILHÕES



Eu só...sou  eu.

Nós,  ...  fazemos muitos.

Juntos somos massa.

Massa precisa de recheio...  

E  vento e luz e som e sombra e água e coisa.

Coisa ...

Que é igual ou tal qual ao desejo não resolvido

Ou pela decisão de apenas a vontade de ter, sem nenhum compromisso de  ser.

...

 E assim,  caminha a humanidade.

Caminho eu, caminhas tu, caminha ele...

Caminhamos nós.

Que esse caminhar chegue a um lugar seguro.

É...

É muita gente.

São muitos os planos, os sentidos, os projetos, os clãs,

Os feitos e efeitos.

Devemos nos preparar para assim,

Mesmo com tanta gente...

Pra realizar sonhos,

Aplaudir ...

seres e fazeres.

Permitir  a todos o ter

E,

Principalmente,

Abrir o mundo pra se Ser.

Benvindos,  7 Bilhões de almas!

Que Deus nos tenha

E a Terra nos provenha!
Varekai!



De  Marcia Valéria Lira Santana, em 31 de outubro de 2011, aos 7 Bilhões de habitantes, nesse planeta Terra.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

É ISSO?

Um dia desses, criança.
Depois disso e entre isso,
Eu.
O tempo discorreu e prometeu.
Vi minha imagem e semelhança
Numa nova esperança.
O tempo, por si só, correu.
Sou eu?

Marcia Valéria Lira Santana, em 12 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

AOS MEUS QUERIDOS QUE JÁ SE FORAM

Vagueiam suavemente os teus olhares
Pelo amplo céu franjado em linho:
Comprazem-te as visões crepusculares...
Tu és uma ave que perdeu o ninho.

Em que nichos doirados, em que altares
Repoisas, anjo errante, de mansinho?
E penso, ao ver-te envolta em véus de luares,
Que vês no azul o teu caixão de pinho.

És a essência de tudo quanto desce
Do solar das celestes maravilhas...
- Harpa dos crentes, cítola da prece...

Lua eterna que não tivesse fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...

Alphonsus de Guimaraens

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu sou, tu és!

Me deixa escutando música sertaneja, Jorge e Matheus, Paula Fernandes, Victor e Léo ou outra música, Rock, MPB, Jazz. Quero ficar  no meu canto achando bacana (ou achando um tédio) ficar sexta e sábado a noite em casa, vendo filme com meu maridinho. Prefiro pensar que só existe gente boa no mundo e que maldade é coisa inventada por gente que não tem o que fazer. Me deixa aqui, confiando ou não em quem acabo de conhecer. E mais, nem fale comigo sobre eu deixar tudo pra viver ao lado de quem eu conheço há poucos meses.

Me deixa dar gargalhadas do que ninguém acha graça, do carro quebrado, da chuva e o cabelo escovado. Me deixa gostar de verde mas preferir usar azul, ao mesmo tempo curtir um rock e por vezes precisar do silêncio. Me deixa achar o silêncio bonito e a conversa difícil e vice versa.
Me deixa sonhar com o que talvez eu nunca tenha, e vezes reclamar do que tenho. Me deixa ser injusta. Nada mais justo quando os outros também são. Me deixa sair da dieta por causa do queijo qualho com melaço, arroz com pequi, empadão, e aquela pamonha quentinha. Deixa eu sentir saudade e não dizer, amar e não falar, gostar e não comentar. Deixa eu sentir tudo isso e dizer ao mundo inteiro. Deixa eu chorar escondido e sorrir pra todo o mundo ver. Deixa eu tentar inutilmente prender o riso, a gargalhada.

Me deixa no meu canto quando não quero atender ao telefone, sair de casa ou falar com alguém. Me deixa sair de havaianas e jeans como quem calça um sapato de grife e um vestido da moda. Me deixa vestir a minha melhor roupa, botar um salto alto, me maquiar e ficar linda pra mim mesma sem ser taxada de metida. Me deixa ao menos morar nas estrelas e pisar nas nuvens que eu mesma inventei. Me deixa pensar no amanhã com mais preocupação do que no hoje. Se isso não se faz, acho que ninguém te perguntou. Deixa eu ser mal educada como forma de expressão.

Me deixa pintar as unhas de acordo com o meu humor, arrumar minhas roupas por ordem de cor, isso me deixa tão organizada por fora o quanto gostaria de ser por dentro. Me deixa aqui com minha desordem interna. Eu sou chata, ciumenta e preguiçosa. Me deixa com minha teimosia, minha impaciência. Me deixa aqui com meu sotaque de goiana do interior. "Me deixa e fecha a porrrta!!".

Deixa eu aqui com a minha mania de fazer as coisas do meu jeito. Me deixa como sou, como quero ser. Me deixa olhar para o mar e achar que temos alguma conexão. Me deixa aqui só para eu me arrepender da besteira que ainda não fiz. Me deixa fazer besteira só para eu me arrepender e pensar que já sabia mesmo, que fiz consciente de que daria errado, quando na verdade eu nunca soube de nada. Deixa eu encher o peito de esperança e distribuir pedacinhos a quem precisa.

Deixa eu encher os bolsos de aceitação própria e soltar em algum vento teimoso, que é pra voar até você que não se deixa ser...deixa eu sentir demais e não saber falar sobre. Deixa eu ficar falando dos meus gostos como forma de me entender. Eu deixo você ser...você me deixa também!

Vivianne Oliveira

sábado, 17 de setembro de 2011

POR QUE PERDEMOS ASSIM?

Éramos eu, Tadeu e Priscila, numa imensidão de perguntas sem respostas. Perguntas de filhos e netos que perdem PAI. Respostas que desde minha infância eu não as tinha satisfeitas em meu coração, nem tão pouco minha razão, mas que irremedialvelmente comentaria ... Argumentaria... Acreditaria ... E a usaria para amenizar a dor da família, da filha, dos netos. Tão simples ... Apenas uma resposta do sempre e velho porquê: - por que tinha que ser assim ... - e essa escolha? - e essa morte? - e essa vida? - E esse não sei mais o quê, sem por quê, nem pra quê, nem pra quem? Nem pra eu estar melhor preparada para responder e resolver e satisfazer mistérios ... Desses que a vida nos dá como dogmas e eu os contesto. Mas tenho que torná-los, do enigmático ao plausível, uma resposta ponderável a consolar e consolidar uma nova vida na minha Família e na vida que se foi, e aos que nela se emaranharam. Era a tal da "pedra no meio do caminho" ou a retirada dela. E essa ausência de ser, de ter, de alma, de palma, de pedra, de mineral, de diamante, de perda do pai de dois dos meus netos absorvida pelos extremos da morte, que se preenche, como num passe de mágica de " pura alma pura", tem que ser absorvido pelo que é. E essa imaterialidade depõe contra toda essência do ser futuro, que até então era o representante do futuro do presente, onde o mais-que-perfeito, nunca mais se fará. Lamento por sua morte, Danilo! Ficaremos aqui. Estaremos aqui. Sofreremos aqui Saberemos aqui. Sobrepujemo-nos aqui. A vida se migra assim. A vida é Divina. Sofrimento, Profano. Marcia Valéria Lira Santana, em 16/09/2011

sábado, 10 de setembro de 2011

DICIONÁRIO DA VIDA

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta. Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica. Carregando... Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos. Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte. Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo. Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo. Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra. Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos. Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração. Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás. Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.   Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito. Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia. Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama. Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro. Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante. Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama. Carregando... Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele. Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar. Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser. Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade. Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz. Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los. Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante. Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia. Perdão: É uma alegria que a gente dá e que pensava que jamais a teria. Paz: É o prêmio de quem cumpre  honestamente o dever. Obsessor: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele. Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores. Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz. Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece. Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio. Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro. Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar; e estando perto, querer parar o tempo. Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro. Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto. Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas. Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho. Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra; geralmente pior. Créditos   Livro: O Homem que Veio da Sombra Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro

AMOR INCONDICIONAL*

A Lei é o Amor! Não existe nenhuma outra maneira de atingirmos nossa paz interna a não ser pela expressão do Amor Incondicional.

E o que significa este Amor Incondicional? É tão divino que o humano tem dificuldade até na compreensão desta expressão... é o caminhar na vida levando compaixão, compreensão, perdão, tolerância, desapego... dar valor ao que realmente tem valor, é não ficar preso a palavras, gestos, fatos, eventos, situações emocionais; é relevar com compaixão as mágoas, as injustiças, as decepções vividas no nosso cotidiano... é compreender que tudo isto é muito pequeno comparado com a grandeza da alma, com a grandeza da vida.

É caminharmos fazendo a nossa parte, amando ao próximo como a nós mesmos, entregndo a Deus, à vida, todas as situações conflitantes, dolorosas, que momentaneamente possamos estar incapacitados para darmos a melhor solução, a resposta mais adequada.

É a certeza de que tudo na Terra é ilusório, passageiro, transitório... é só uma pequena viagem.

Mantermos sempre na nossa mente, no nosso espírito, a visualização da nossa grande meta, que é o amadurecimento da nossa alma, o atingirmos a consciência maior, a lucidez da vida... e é isto, somente isto que verdadeiramente importa.

Com esta visão, com esta postura, caminhamos com leveza, com soltura, com alegria, com aceitação e tolerância... pois as emoções são ilusões, a dor é ilusão, a caminhada terrena é ilusão, o humano é ilusão... Deus é Real. O Divino é Real. A Consciência é Real. O Espiritual é Real. A Morte é ilusão do ego mas é Real, pois é a passagem para o Plano Real.

Amar incondicionalmente é amar além, apesar das ilusões, é amar sem esperar retorno, pois o retorno real é Divino, o retorno real é a simples alegria de expressarmos o amor. A verdadeira felicidade é termos a capacidade de expressar o amor.

Convido vocês a fazerem um Jogo de Faz de Conta:

- Vivenciem um dia inteiro fazendo de conta que sabem amar incondicionalmente.
- Sejam pacientes e tolerantes.
- Relevem as pequenas mágoas, os pequenos ressentimentos.
- Olhem nos olhos do outro.
- Exercitem a solidariedade, a compaixão, o companheirismo.
- Evitem a autocrítica negativa e a crítica ao outro.
- Priorizem atividades que visem ajudar o próximo.
- Se permitam ter tempo para si mesmo e para o outro.
- Façam de conta que estão perdoando a si mesmo, a tudo e a todos.
- Façam de conta que vocês se amam e se respeitam e que também amam e respeitam o outro.
- Imaginem que amam a humanidade além dos interesses do ego.
- Sorriam, sejam gentis e atenciosos.
- Expressem através da palavra e dos gestos calma, alegria, esperança e carinho.

Quem sabe poderemos descobrir - através deste jogo de faz de conta - tanto prazer, tanto contentamento, ao ponto de até decidir incorporar a expressão do amor incondicional no nosso cotidiano, na nossa atitude interna, na nossa postura, na nossa caminhada...

Brincando de faz de conta podemos até descobrir a verdade da vida, que é o Amor Incondicional.

Vamos brincar de Faz de Conta?



* Texto de Ingrid D Engel, recebido por email

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

UMA BIBLIOTECA DIVINA



LIVROS EM PDF - ISSO NINGUEM DIVULGA

Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

·Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais....

Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br

Só de literatura portuguesa são 732 obras!

Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Divulgue para o máximo de pessoas!



VAMOS COLABORAR!!!!!




Livros grátis (Isso vale a pena repassar)

É só clicar no título para ler ou imprimir.
1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare
3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
4. Dom Casmurro -Machado de Assis
5. Cancioneiro -Fernando Pessoa
6. Romeu e Julieta -William Shakespeare
7. A Cartomante -Machado de Assis
8. Mensagem -Fernando Pessoa
9. A Carteira -Machado de Assis
10. A Megera Domada -William Shakespeare
11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
13. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
14. Dom Casmurro -Machado de Assis
15.. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
18. A Carta -Pero Vaz de Caminha
19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
20. Macbeth -William Shakespeare
21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
22. A Tempestade -William Shakespeare
23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa
24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare
29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
32. A Mão e a Luva -Machado de Assis
33. Arte Poética -Aristóteles
34. Conto de Inverno -William Shakespeare
35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
38. A Metamorfose -Franz Kafka
39. A Cartomante -Machado de Assis
40. Rei Lear -William Shakespeare
41. A Causa Secreta -Machado de Assis
42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
44. Júlio César -William Shakespeare
45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
47. Cancioneiro -Fernando Pessoa
48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
49. A Ela -Machado de Assis
50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
51. Dom Casmurro -Machado de Assis
52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
54. Adão e Eva -Machado de Assis
55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
56. A Chinela Turca -Machado de Assis
57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca
59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
6 0. Iracema -José de Alencar
61. A Mão e a Luva -Machado de Assis
62. Ricardo III -William Shakespeare
63. O Alienista -Machado de Assis
64. Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
66. A Carteira -Machado de Assis
67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
68. Senhora -José de Alencar
69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
71. A Mensa geira das Violetas -Florbela Espanca
72. Sonetos -Luís Vaz de Camões
73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
75. Iracema -José de Alencar
76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
78. O Guarani -José de Alencar
79. A Mulher de Preto -Machado de Assis
80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
82. A Pianista -Machado de Assis
83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
85. A Herança -Machado de Assis
86. A chave -Machado de Assis
87. Eu -Augusto dos Anjos
8 8. As Primaveras -Casimiro de Abreu
89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
91. Quincas Borba -Machado de Assis
92. A S egunda Vida -Machado de Assis
93. Os Sertões -Euclides da Cunha
94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
95. O Alienista -Machado de Assis
96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
97. Medida Por Medida -William Shakespeare
98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
99. A Alma do Lázaro -José de Alencar
100. A Vida Eterna -Machado de Assis
101. A Causa Secreta -Machado de AssisÂ
102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
103. Divina Comedia -Dante Alighieri
104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
105. Coriolano -William Shakespeare
106. Astúcias de Marido -Machado de Assis
107. Senhora -José de Alencar
108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
111. A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo
112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
113. Obras Seletas -Rui Barbosa
114. A Mão e a Luva -Machado de Assis
115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
116. Aurora sem Dia -Machado de Assis
117. Édipo-Rei -Sófocles
118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis
120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
121. Tito Andrônico -William Shakespeare
122. Adão e Eva -Machado de Assis
123. Os Sertões -Euclides da Cunha
124. Esaú e Jacó -Machado de Assis
125. Don Quixote -Miguel de Cervantes
126. Camões -Joaquim Nabuco
127. Antes que Cases -Machado de Assis
128. A melhor das noivas -Machado de Assis
129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca
130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
132. Helena -Machado de Assis
133. Contos -José Maria Eça de Queirós
134. A Sereníssima República -Machado de Assis
135. Iliada -Homero
136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
137. A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis
142. A Carne -Júlio Ribeiro
143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
144. Don Quijote -Miguel de Cervantes
145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
146. A Semana -Machado de Assis
147. A viúva Sobral -Machado de Assis
148. A Princesa de Babilônia -Voltaire
149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
150. < span style="text-indent: 0px !important; color: #4141a6; font-size: 10pt;">Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
151. Papéis Avulsos -Machado de Assis
152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
155. Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
160. Almas Agradecidas -Machado de Assis
161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
162. Contos Fluminenses -Machado de Assis
163. Odisséia -Homero
164. Quincas Borba -Machado de Assis
165. A Mulher de Preto -Machado de Assis
166. Balas de Estalo -Machado de Assis
167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis
168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
171. CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
172. Cinco Minutos -José de Alencar
173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
174. Lucíola -José de Alencar
175. A Parasita Azul -Machado de Assis
176. A Viuvinha -José de Alencar
177. Utopia -Thomas Morus
178. Missa do Galo -Machado de Assis
179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
181. Hamlet -William Shakespeare
182. A Ama-Seca -Artur Azevedo
183. O Espelho -Machado de Assis
184. Helena -Machado de Assis
185. As Academias de Sião -Machado de Assis
186. A Carne -Júlio Ribeiro
187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
189. Antes da Missa -Machado de Assis
190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
191. A Carta -Pero Vaz de Caminha
192. LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
193. A mulher Pálida -Machado de Assis
194. Americanas -Machado de Assis
195. Cândido -Voltaire
196. Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu
198. Conto de Escola -Machado de Assis
199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões
200. Iluminuras -Arthur Rimbaud
201. Schopenhauer -Thomas Mann
202. Carolina -Casimiro de Abreu
203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
204. Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
205. Memorial de Aires -Machado de Assis
206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
207. A última receita -Machado de Assis
208. 7 Canções -Salomão Rovedo
209. Antologia -Antero de Quental
210. O Alienista -Machado de Assis
211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos
212. Alma Inquieta -Olavo Bilac
213. A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
214. A Semana -Machado de Assis
215. Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
216. A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
217. Esaú e Jacó -Machado de Assis
218. Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
219. História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
220. A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
221. Seleção de Obras Poéticas -Gregà ³rio de Matos
222. Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
223. Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente





terça-feira, 23 de agosto de 2011

REFLEXÕES

Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa
errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,
faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas
certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando
suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono.
Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da
vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo,
porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo,
amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo...
E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz:
"Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa
errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra
gente...

Luis Fernando Veríssimo

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PALAVRAS PARA TODOS OS CANTOS

  Tinha um poema que era assim, feito nas coxas. Tinha um outro bem moderno, coisa para ser lida meio assim sem jeito. E tinha palavras soltas ao vento, barlavento e de chofre. Tudo era buscado ou dito, como se fosse necessário dizer coisas vindas lá de não sei onde. Lembro agora de um poema pontual, lançado como se fosse pedra. E que, visualmente, não era pedra, mas catavento. Mas sempre precisei daqueles feitos de melodia, com rimas debruçadas na janela, ou dengosamente beijando lábios cordiais. Semanas curtas, planetas vivos, deleites colossais. E muito gostei também do protesto lavado no peito, saltando as veias, espirrando sangue indignado. Mas o danado é que o poema nem sempre vem na hora exata, ou seja, a da nossa hora de vontade. Impertinente, sempre escolhe a hora de sua vez. Aquela do olhar na parede, aquela do gesto despercebido, aquela do sorriso tímido, da mão estendida ou molhada, do político contrariado e do povo mais ainda. Bem, tinha um poema que falava também de amor e da bruta saudade. 

* Pedro Cabral, um amigo querido das Alagoas, que conseguiu escrever o que eu queria ter feito!

sábado, 23 de julho de 2011

SOU BEGE!

Sou bege!

Uma soma de amor que diminui se eu não adir.

Eu e meu corpo somam alto, se eu não fugir.

Sou sem, sou menos, sou sem, sou nada, seu eu!

Sou treva, com tanta luz para dar!

Sou Rumo, sem nenhum caminho pra trilhar.

Sou EU, nessa estrada difícil de encarar, mas que se não morrer, quero você pra me amparar.
SOCORRO!

De Marcia Valéria Lira Santana

quarta-feira, 20 de julho de 2011

FELIZ DIA DO AMIGO COM POESIA!

Poema do Amigo Aprendiz

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.

(Fernando Pessoa)




Soneto do Amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

(Vinícius de Morais)

sábado, 9 de julho de 2011

EU PRECISO DIZER QUE.......?

Mora comigo numa conchinha quem me faz carinho e devota seu amor num armarinho.
Quem mastiga um chicletes sem açúcar. 
E quem diz que me odeia  por AMOR. 
Dorme comigo uma pessoa especial que manda ver no seu espaço presencial e diz Pra o mundo que eu sou ANORMAL.
Sem mistura ... Sem moral ... Sem ventura ...
Mora comigo o homem que eu AMO!
Sem fantasia,
Com harmonia...
Sem agonia,
Com energia.
Morrem comigo os que nunca são, simplesmente porque nunca foram ....
Nascem comigo o que sempre são
Porque assim são,
Porque estão
Porque EU!

Por, Marcia Valéria Lira Santana

terça-feira, 5 de julho de 2011

MEU AMOR MENINA SE TORNOU MULHER!

Havia mesmo um quê que indicava mudança. Até aquele momento, apenas a música se apresentava em um ritmo diferente do que se ouvia habitualmente.

A erudição dava o tom que preconizava os novos rumos daquela vida.

Um cheiro de chocolate quente e bolo de amêndoas moldavam o aroma do ambiente.

As cores empenumbradas completavam o clima novo.

Seria isso tão somente a mudança ?

Não .... Muito mais haveria de vir.

Chegava de um modo diferente, em passos lentos e se esgueirando, ela, a motriz de toda transformação no mais simples resplendor de se saber quem é.

Foi nesse instante que ele sorveu toda a atmosfera e entendeu o porquê.

Uma mulher, quase que num passe mágico apresentava uma nova performance, pelo menos para ele.

Quando teria mesmo acontecido essa transformação? Quantos passos foram necessários serem dados para que ela chegasse até aqui?

Quantas lágrimas banharam essa alma para que ela se fizesse tão translúcida?

Quantos verbos foram necessários para que ela fosse capaz de deixá-lo assim, sem palavras, apenas sendo capaz de solfejar num sopro todo um furacão de emoções que se apoderou dele?

Por quanto tempo sua transformação não havia sido observada e sorvida por ele?

E assim, de chofre, se acendeu toda uma atmosfera de desejo que freneticamente provocou um grande e caloroso abraço. E naquele momento sublime, entredentes, efes e erres ele sussurrou: meu amor menina se tornou Mulher! O princípio de todo sentimento é Divino. O que se pode fazer dele ..... Ah, o Profano!

Por Marcia Valéria Lira Santana
Em 05 de julho de 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

CAMINHANDO E CONTANDO!

E lá estava ela mais uma vez se sentindo despida.
O que a agasalhava ultimamente saíra do seu domínio, quase que como uma peça de seda que insistia em escorregar por entre seus dedos.
Não que ela quisesse ter essa vestimenta como um presente de luxo, daqueles que as pessoas se mostram e desfilam displicentemente por aí, fazendo de conta que não é essse o objetivo, mas é.
Ela ultimamente perdera as regalias da escolha do que a agasalhava.
Ficara por assim dizer, jogada ao relento, submetida aos destemperos do tempo, sem muita escolha com o que se agasalhar.
Esse processo geralmente a tirava do prumo.
Para ela a falta de acolhimento, tanto quanto de um Norte, de uma direção, de um objetivo claro entremeado por raízes e asas a fazia se sentir despida.
O desnudamento que a fazia congelar não a envergonhava.
Ela possuia o manequim perfeito e a capacidade de se ajustar a moldes como poucas que lhe circundavam.
No entanto, para ela era de fundamental importância os esclarecimentos oportunos do quanto e de como ela poderia vestir um novo modelo.
Era imprescindível se sentir integrada, aprovada, aproveitada e ouvida pelos modeladores da hora, porque ela tinha uma vasta e longa experiência nas mais diversas grifes e alfaiatarias por onde passou.
Nesses espaços, se fez modelar, fez moldes, seguiu e foi modelo também.
Vestiu muita gente, despindo-se de valores e vaidades, cobrindo-se com o espírito da solidariedade, daqueles que aquecem o fogo e refrescam a água.
Ela jamais deixou algum manequim desnudo. Algumas vezes pelas tramas da vida, entre cortes e recores, alinhavos e costuras, constatou costumes pequenos vestindo robustos corpos, mas nunca, jamais, fora capaz de deixar alguém desalinhado.
Portanto, mesmo com um cobertor curto e mal ajustado ela se agasalhará.
E por sua experiência de passarela e por saber dar os passos ajustados ao espaço da caminhada, ela desfilará.
E qualquer que seja a indumentária, sua performance, aos olhos dos admiradores, dos olheiros, e dos que de soslaio apreendem sua imagem, passará  melodicamente linda, em passadas harmonizadas, precisando apenas saber que passarela seguir.
O caminhar é um ato Divino!  O profano fica nas vestes.

De, Marcia Valéria Lira Santana

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O DIVINO PROFANO: O CÉU NÃO É MEU LIMITE

O DIVINO PROFANO: O CÉU NÃO É MEU LIMITE: "Um dia ela acordou como se fosse a primeira vez. Espreguiçou-se como se criança fora e olhou pela janela. O dia, não importava se cinza ou..."

O CÉU NÃO É MEU LIMITE

Um dia ela acordou como se fosse a primeira vez.
Espreguiçou-se como se criança fora e olhou pela janela.
O dia, não importava se cinza ou cheio de luz.
Os seus olhos apreciavam um brilho especial.
Talvez por conta dos lampejos que sua mente emitia a cada suspiro depois de um longo e sentido bocejo.
Estava na hora de levantar-se.
Mas esse movimento mais parecia com saltos de levitação.
Seria isso mesmo?
Uma sensação mágica como se andasse por sobre nuvens a invadiu. Melhor que levitar, a sensação de flutuar por sobre o chão frio e úmido a deixava tão extasiada que ela demorava a crer que seu acordar fosse real.
Caminhou em passos miúdos, aproveitando a energia.
Banheiro? nada! esse momento não era pra ser absorvido em tal local.
E assim, como se num rápido sobrevôo pela sala, chegou até sua varanda.
Olhou para os cantos de seu jardim ... mirou o céu e viu desenhos mimosos nas nuvens.
Numa cadeira sentou.
E entre os  assobios de Bentevis, zumbidos intermitentes das asas de colibris e de misturas de aromas marinhos e de anis, ela se constatou.
Como com isso EU SOU FELIZ!
Depois desse momento gentil, onde os seus sentidos afloravam jorrando tal qual uma nascente de rio, ela simplesmente constatou:

- A vida nos dá existência pelos sentidos, alma, corpo, mente, razão, emoção, id, ego, superego ...
Pessoas passam pela infância, puberdade, adolescência, juventude, se tornam adultos e envelhecem. Cinco estágios com períodos definidos e um que finaliza-se quando a morte vem.
E a cada instante a vida se movimenta tal como um pêndulo.

Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac ...

Você pode, a cada instante pender para um ato que lhe liberte ou escravize. Para o bem ou mal, e assim você modela cada passo que se dá nessa jornada.
Somos sujeitos de nossa própria experiência. Nos apropriamos todo tempo de simbolismos que  enraizam modos de cuultura que sedimentam a nossa compreensão do desenvolvimento universal formando um todo.
Devemos alçar voos  em busca de respostas para nós mesmos.
Para fortalecermos nossas causas devemos buscar direção e finalidade.
É sábio reconhecer nossas vontades com apetite, num  instinto permanente e voraz de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, brandura, necessidades e interesses diversos justificados pelo sentido de SER.
E assim, como Gabriel Araújo reflete, "Um dia perceberemos que o essencial da vida é apenas vivê-la, dos pequenos gestos, das pequenas coisas que ela nos oferece, daquela brisa matinal que renova nossa alma, ou, simplesmente, daquele toque carinhoso que afaga nosso rosto. Talvez viver um dia após o outro seja loucura, pois, talvez duremos mais do que imaginamos e para enfrentarmos isso, precisamos de planos. Façamos então esses planos" ... desse modo teremos a consciência de que fizemos e esse ato preenche a vida das pessoas de uma forma maravilhosa.
Daí ela empertigou-se, levantou, sorriu de sua Maestria e apenas conferiu:
- Cresci! e meu tamanho margeia e céu. E ele não é meu limite.

Marcia Valéria Lira Santana, em 16 de junho de 2011.

terça-feira, 14 de junho de 2011

CRÔNICA DO AMOR E SOFRIMENTO-Adriano Soares

A tristeza comeu-lhe o coração em pedaços, com uma fome infinita. Apossou-se do seu corpo, entrando por cada poro, sem deixar margem para negociações. E quando deu por si, lá já estava a tristeza desabrigando a sua alma, deixando-a ao relento. Hóspede ingrata, a tristeza não se faz inquilina; não há paga que queira compensar os cômodos que ocupa. Simplesmente se assenhora e faz suas as entranhas tomadas e submetidas aos seus caprichos.

E, assim, maltratada por aquela tristeza bravia, perguntou-se, afinal, "por que amar é sofrer?". Sendo o amor o sentimento mais bonito que poderia alguém ter, por que haveria de viver ele, o amor, amasiado com a dor, a solidão ou a saudade? Sim, a tristeza do amor é aquela malagueta, com as suas arduras e quebrantos, que maltrata a alma e espanca o corpo, deixando o peito estufado de quereres indomáveis, tragando o juízo com a ideia fixa, que não se deixa esquecer ou afastar.

E de tanto se perguntar, ela resolveu, com a convicção enraizada em granito maciço, que o melhor seria esquecer, afastar-se, tirar de si o sentimento que já lhe tomara as vontades e desejos, e arremessar para longe, como o escritor que amassa e joga fora o pedaço de papel com linhas mal escritas. E trabalhou, minutos a fio, nesse intento colossal, quando se deu conta de que o esmagamento do amor não lhe abrandava a dor e a saudade, porém apenas lhe tirava a razão pela qual o sol fazia o azul do céu mais bonito, de um anil sem nuvens a lhe toldar a beleza da manhã.

E ela, entre um e outro soluço, sorriu de si mesma e da sua dor, convencida que a solidão que pensava sentir não era solidão, mas excesso da presença do amor em seu corpo, em sua alma, em seu coração. O amor dói, pensou ela com o sorriso lavado em lágrimas persistentes, porque é abarcante, fazendo do outro o que parecia seu. E deu-se conta, então, que não há amor sem sofrer, porque simplesmente ele é tão caro, tão importante, tão presente, que a dor é o medo da perda e a solidão, o medo da ausência.

Ah, aquela angústia tinha então sentido. O medo de perder, o ciúme, as dúvidas, tudo isso faz parte do amor, é o próprio amor vivo, gritando o nome que lhe faz ser o que é. E ela, então, finalmente pode sorrir e dizer para si mesma: vale a pena sofrer cada sofrimento, porque é a prova de que se está viva e amando quem vale a pena ser amado.

Tags: Crônica
OLHAR PARA TRÁS

Um dia você vai lembrar de hoje e se perguntar por que teve tanto medo de agir.

Um dia você vai olhar para trás e se perguntar por que deixou que tantos pequenos contratempos o atingissem.

Um dia você vai olhar para trás e se perguntar por que não foi um pouco mais disciplinado e focado.

Se pudesse olhar para trás daqui a dez anos, o que você lamentaria não ter feito?
Se pudesse olhar para trás, que coisas você consideraria como as mais importantes do dia de hoje? Que oportunidades, que passam despercebidas hoje, seriam evidentes no futuro?

Uma vida de real valor e significado é algo que se constrói com o tempo, não um prêmio que se ganha por sorte ou habilidade.

O dia de hoje é uma oportunidade de construir a vida que você quer, uma oportunidade que não voltará.

O futuro é imprevisível, mas uma coisa é certa: você jamais se arrependerá de dar o melhor de si a cada momento.(Flávio Costa)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Adeus, prof. Ronalda!

Era uma vez, uma linda e pobre profa, professora, tia, dona Ronalda! Que se tornara RICA. RICA de pena e bico como se dizia há uns tempos atrás.
Ela havia seguido uma profissão muito digna. Era professora... E como um fenômeno... Cumprira todos os rituais de sua função e, após sua jornada, houvera feito muitos doutores, funcionários graduados e deveras outros Mestres, numa completa abstração do que haverá de
SER.

Havia também um jogador de futebol. Dom Ronaldo! Que se tornara RICO. RICO de Gols e de Cabrais, como se dizia há uns tempos atrás.
Ele havia seguido uma profissão muito digna. Era jogador... E como um fenômeno... Cumprira todos os rituais de sua função e, após sua jornada,houvera feito muitos doutores em gol, numa completa abstração do que haverá de SER.

Histórias iguais? ...... Quase .....

A diferença está no impacto imediato do que cada um proporcionou ao longo de sua jornada profissional.

Uma, dona Ronalda, plantou o feijão.
Um, seu Ronaldo, plantou o sonho.

A diferença reside na concepção.

O somatório está na decepção.

O que multiplica é a dissociação.

O que divide é a incerteza do que a sociedade, de fato, quer para si mesma.

Será o feijão?

Será o sonho?

Será o ser ou o ter?

Como será a minha prova final?



Marcia Valéria Lira Santana, hoje, dia 07 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SE


"Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!"


Obs.:
O poema If é de Rudyard Kipling , que é inglês nascido na Índia Britãnica  e essa é uma tradução de Manuel Bandeira
Kipling representa o imperialismo britânico na Índia e é dele o Livro das Selvas e o conto O Homem que não queria ser Rei e Gunga DIn


Oferecida pelo meu amor, Tadeu!

sábado, 28 de maio de 2011

PANIS ET CIRCENSES

Panis Et Circenses
Há bem no fundo do meu coração um saco que guarda sensações das mais diversas, provocadas por situações que vi, vivi, sonhei ou ouvi de alguém.
Uma dessas sensações vem das minhas memórias lúdicas provocadas por quando eu tinha notícias que havia um circo perto de minha casa ou na cidade que eu estivesse morando.
"Hoje tem marmelada, tem sim senhor, hoje tem palhaçada, tem sim senhor! Senhoras e Senhores, o Gran Circo" ... Chegava, desfilava nas ruas com todas os sonhos e fantasias materiais e imateriais que eles poderiam apresentar e aí, tal qual a "pomba" que voava da cartola do mágico, meu pensamento voava nos mais altos níveis de imaginação.
Como eu queria ser aquela menina que subia no elefante ou domava aqueles tigres e leões imensos ... Aquela que fazia mil malabarismos com os mais incríveis materiais, ou a mulher que cuspia fogo, se equilibrava em cordas maleáveis e a trapezista que se entregava no mais alto nível de confiança ao seu partner quando se lançava no meio do nada, em salto triplo mortal, lá no mais alto picadeiro para que ele, de cabeça para baixo, a conduzisse a um outro balanço.
Como era incrível aquele mundo de sonho e fantasia. No circo víamos que o improvável era possível e o impossível se concretizava ali, como num passe de mágica! Crianças, adultos e velhinhos, todos se embeveciam com a mesma emoção.
E era assim, a lição que o circo me deixava todas as vezes que eu o visitava. Tudo é possível, menina! Sonhos se realizam, sim! E isso foi um grande alimento em minha vida.
Como poeticamente diz Shakespeare "Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança". E no circo havia tudo isso.
E olho pra trás nas historias, contos, crônicas, artigos, poemas, sonetos e novelas que compõem minha vida e vejo grandes cenas de meu circo pessoal na maioria desses atos.
Quantas ilusões me envolveram, quanto malabarismo fiz e faço na vida, quantas mágicas apresentei, quantos leões domei, algumas vezes me atirei naqueles canhões gigantes, criando a ilusão, aos que me observavam, que fui pra sempre e, em seguida, triunfante, voltei! E as vezes em que o Globo da morte desafiou-me e eu, ali, estática, sobrevivi. E quando eu pregada na grande roda, num giro alucinante sobrevivi às facas afiadas que me lançavam e logo após esse momento, sentia e me orgulhava da sensação de ter sobrevivido ilesa do desafio, sem nenhum arranhão aparente e me curvava, orgulhosamente, aos bravos do "respeitável público" que aplaudiam de pé?
Quanta alegria eu já proporcionei, quantas lições já passei, quanto brilho e bem-estar eu doei, em quantos circos já me apresentei ...
Sinto muito a falta de algo semelhante que eu possa apresentar aos meus netos. Sei que a evolução da consciência social e humana tem alterado muitas das coisas que vivi. Por isso, circos como os que vi e com os que aprendi deixaram de existir. Lamento. Eles haverão de aprender em outras fontes. Mas o romantismo, a ilusão, o sonho e a fantasia que me permitiu ser o que sou e como sou, ahhhh, eles não mais terão.

Uma sonhadora de pés no chão, em 28 de maio de 2011.


Marcia Valéria Lira Santanaflowerdetail_a.png
Meditação XVII (extrato)

Tradução e adaptação: Ricardo Cabús

Nenhum homem é uma ilha,

completo em si mesmo;

todo homem é um pedaço do continente,

uma parte do todo;

se um torrão for carregado pelo mar,

a Europa fica menor,

assim como se um promontório fosse,

assim como se fosse uma mansão de teu amigo

ou mesmo a tua;

a morte de qualquer homem diminui a mim,

porque sou parte da humanidade,

e portanto nunca questiones por quem os sinos dobram;

eles dobram por ti.



John Donne (Inglês 1572-1631)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

VOZ QUE SE CALA
 

Amo as pedras, os astros e o luar

Que beija as ervas do atalho escuro,

Amo as águas de anil e o doce olhar

Dos animais, divinamente puro. 

 

Amo a hera, que entende a voz do muro

E dos sapos, o brando tilintar

De cristais que se afagam devagar,

E da minha charneca o rosto duro. 
 

Amo todos os sonhos que se calam

De corações que sentem e não falam,

Tudo o que é Infinito e pequenino! 

 

Asa que nos protege a todos nós!

Soluço imenso, eterno, que é a voz

Do nosso grande e mísero Destino!...

 

Florbela Espanca

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Minha Mãe em resposta ao texto "MINHA MÃE!"

Minha Marcia*


"Filha. Sendo hoje o seu aniversário é para mim uma das datas especiais em meu viver.

Agradeço à Deus por você ser minha filha.

No dia das mães próximo passado fiquei ricamente feliz com as homenagens que recebi dos filhos,noras, netos, bisneta, etc, etc.

Recebi sua mensagem que tocou meu coração e resplandeceu minh'alma de emoção.

Vou além; me senti homenageada.

Em cada palavra uma recordação, onde houve quatro frases que renovou toda minha fé

e contentamento:

1) “ Minha mãe” pula como leoa na defesa de cometi- mentos injustos e se flagela quando 

 seus limites a distanciam ou a impedem de vorazmente afastar sua cria de qualquer perigo.

2) “Minha mãe” transforma o sabor amargo das lágrimas em frescor das gotas de orvalho.

3) “ Minha mãe” é uma criatura qualificada a conceder perdão aos erros. Alguém que acredito

 está afiançada para ouvir confissões, conceder atos de penitência e acima de tudo oferecer

 o perdão do Divino, antes mesmo que cheguemos ao famigerado juízo final.

4) Pela cria ela cria até felicidade.

Só posso te dizer:

- Muito , muito , muito obrigada minha filhaaa!

Nesta data que não sei ser mais sua do que minha

peço à Deus que ilumine cada vez mais suas atitudes, seus sentimentos, seus pensamentos,

seus desejos, suas necessidades, seu amor, sua fé, sua esperança, que são

investimentos de seu ser verdadeiro.

Filha, agradeça e ore sempre pois  a oração enriquece o amor de Deus que certamente irá

inundar a sua alma e muitos milagres ocorrerão na sua vida.

Seja sempre esta mulher forte, determinada e feliz porque minha filha,
a felicidade é mais do que ter alegria e sorrir. Ser feliz é se sentir em paz.
Sua mãe deseja toda paz do mundo para você .
Feliz aniversário!!!
Sua mainha .
Ontem, hoje, amanhã, eternamente!

* Adelina Salgues da Silva Lira, Minha MÃE! em 16 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MINHA MÃE!


Uma das condições do  humano ser Ser- Divino é a Maternidade.
Sou mãe e avó. Nesse contexto fui divinizada exponencialmente.
Ser mãe é um dom intrínseco do feminino.
 Mulheres que não se tornaram mães, não tiveram nessa vida a oportunidade de aplicar esse dom via entranhas.
 Mas esse dom  se mostra de outras formas,  via coração. E a divinação se torna a mesma. Muda a cena  mas não o Ato.
“Minha mãe”.
Basta o sentir dessas palavras mágicas para que coisas se expliquem.
Lembro ainda da primeira vez que percebi, conscientemente, a magia das palavras “minha mãe”.

Fecho os olhos, e um calor corre pelas paredes das minhas veias, circulando uma energia tão boa de segurança que me pergunto porquê não faço esse exercício quando sinto queda energética.
Para bem da verdade, minha primeira lembrança do sentido  “minha mãe”  fixou-se em mim quando eu tinha exatos 1 ano, 6 meses e 27 dias de vida. A minha mãe foi até a maternidade me trazer uma irmã: Kátia. Outras quatro vezes mais isto aconteceu. Mas naquela noite eu percebi que seu amor ecoara tão forte e intermitente em minha mente e em meu coração que nem sei  .... .não lembro de nada antes desse dia. Minha memória não registra. Mas guardei um tamanho de amor daquele dia que minha consciência nasceu junto com minha irmã .... que “minha mãe” começou a escrever sua história para comigo naquele momento. E ao contrário que normalmente as mães se preocupam com os filhos quando um novo filho entra na família, comigo aconteceu assim ... simplesmente eu a percebi, a senti, a amei e guardei comigo uma confiança e segurança tão grande que jamais esqueci.

E assim cresci.

“Minha mãe” explode num orgulho ilógico até em situações fisiológicas previstas ao ser humano, como nos primeiros passos, nas primeiras palavras, na primeira apresentação cultural da escola. E mesmo depois de décadas de vida dos filhos a “minha mãe” é capaz de, ilogicamente sentir o mesmo orgulho quando sua cria “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.
“Minha Mãe”  Pula como leoa na defesa de cometimentos injustos e se flagela quando seus limites a distanciam ou a impedem de vorazmente afastar sua cria de qualquer perigo.
 “Minha mãe” transforma o sabor amargo das  lágrimas em frescor  das gotas de orvalho.
“Minha mãe” é uma criatura qualificada a conceder perdão aos erros. Alguém que acredito está afiançada para ouvir confissões, conceder atos de penitência e acima de tudo, oferecer o perdão do Divino, antes mesmo que cheguemos ao famigerado juízo final.
Percebi com meu processo de maternidade que desde o nascimento de Priscila, Tatyana, Marina e Claudinha o meu coração vive fora do meu próprio corpo e eu me tornei meio mágica. A magia se instalou em mim.
“Minha mãe” cria, recria, educa, cutuca, mata, engorda, puxa, estica, reduz, amplia, mente, erra, corrige, exige, fica fula, pula, salta, rompe, atura e costura, mete, se mete, remete, comete. Fecha os olhos, não dorme, sonha e tem a capacidade quase exclusiva e para tantos,  improvável,  de se ver feliz com a felicidade do outro. Dos filhos. Completa. Em paz. Pela cria ela cria até felicidade.

“Minha mãe” é Minha Mãe. Adelina! D. Linda, linda!
 Espero que a sua seja também.


Marcia Valéria Lira Santana, em 05/05/2011. Pra você, Mainha!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

UM PEDAÇO DE VOCÊ*

"Um pedaço de você já ficou no tempo, quando você deixou de ler um bom
livro, quando não acreditou naquele amigo, quando não aproveitou
aquele instante para falar de amor, quando não abraçou seu pai e nem
beijou a mãe.

Um pedaço de você se perdeu na curva, quando abandonou o seu sonho sem
tentar, quando aceitou trabalhar onde não gostava, quando fazia o que
não suportava; quando disse sim, quando queria dizer não, quando
deixou o amor morrer antes de nascer, por medo de sofrer...

Um pedaço de você ficou aí parado, quando você não quis fazer um novo
percurso, quando se conformou com o velho, quando ficou parado vendo o
povo correr, quando votou em branco, se podia escolher; quando não
apareceu quando era esperado.

A vida pede atitude em cada instante, e passa por cima de quem se
cala, de quem aceita, de quem acredita que tudo está irremediavelmente
perdido. A vida desacata quem não se aceita, humilha quem não se
valoriza, ensina com amor os que amam sem medidas, ensina com dor, os
que fogem das lições.

Um pedaço de você quer tudo, outro quer se esconder. Assim, cabe a
você, só a você, dosar ansiedade e apatia, ter um tempo para criar e
outro para executar, falar e ouvir, ensinar e aprender, caminhar e
correr, amar e ser amado, falar baixo e gritar. ter um tempo para
refletir...

Só não vale cruzar os braços, só não vale não ser você, só não vale
esquecer: que nada é mais importante que você."



Obrigada,

Marcia Valéria Lira Santana


*www.rivalcir.com
 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O QUE SE PASSA POR MIM*

´ Não me prendo a nada que me defina!

Sou companhia mas posso ser solidão...

tranquilidade e inconstância, pedra e coração.

Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.

Música alta e silêncio! Serei o que você quiser, mas só quando... eu quiser.

Não me limito, não sou cruel comigo!

Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... ou toca, ou não toca!´

*Clarice Lispector.

Ando sem motivação para escrever, daí segue uma linda passagem dessa Mestra!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

UM POEMA PRA ABRIR A SEMANA*

Um Poema de Madre Tereza de Calcutá

Muitas vezes as pessoas são
egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas
podem acusá-las de egoísta, interesseira.
Seja gentil assim mesmo.

Se você é uma vencedora, terá
alguns falsos amigos e alguns
inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesta e franca,
As pessoas podem enganá-la.
Seja honesta e franca assim mesmo.

O que você levou anos para construir,
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso
Pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final das contas,
é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e
as outras pessoas.


Marcia Valéria Lira Santana

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SER CHIQUE SEMPRE*


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", o telefone, quando estiver sentado à mesa do restaurante,  prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda,  correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.
 
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas,  Amor e Fé nos tornam humanos!

*GLÓRIA KALIL

sexta-feira, 8 de abril de 2011

NEM O DIABO VAI QUERER TE CARREGAR

Eu não me amo.
Eu me odeio.
Eu já nasci de saco cheio.
Minha cor é acesa.
meu gosto é azedo.
Meus sonhos são pesadelos.
- horizontes?
- retorcidos
- e os dias?
-trevas
e as noites?
- pesadelos.
- futuro?
- suicídio
- salvação?
- um lençol branco
- branco
- branco
- limpo
- limpo
- puro
- puro
...................
descance em paz
..................
Quem?
- Eu?
- você?
- nós?
- eles que se foram ....
- ele?
- Ele?
- Quem?
- por que?
- pra que ?
- pra quem?
- por quem?
- pela mãe que não foi, ou pela que se foi?
- pelo que se vai ficando aqui? no toco, no foco, em fosco, perdendo pra luz, sem luz, ...
- mas ... que luz?
- a da salvação?
- a da adoção?
- a da perdição?
- a da solidão?
- a da contração? ....
Eu mato o mundo
Eu mato
Eu sou mente
Eu minto
Eu morro!
- Vá ao inferno que nem o diabo vai lhe querer lá
- nem o limbo,
- nem ... NADA
- Se alguém está em PAZ?
- não sei, nem sei ...
- talvez quem Morreu. Morreu. Morreu. Meninas ... Meninos ...
- E a Esperança?
- FOI COM ELES!
- O que ficou?
- O pânico ... o sentido de que nada mais faz sentido.
- Qual lição pra se continuar vivo?

- SÓ O AMOR SUPERA O MEDO

Marcia Valéria Lira Santana