QUE BOM, VOCÊ CHEGOU!

Meus queridos,

Seja Divino, seja Profano, sejamos nós, os dois, que bom que você veio!
Aqui, colocarei minhas impressões, fatos, comentários, pensamentos, textos interessantes de outros que fortaleçam esses elementos que em mim residem.
Meu lado místico, florescerá!
Meu lado técnico se posicionará!
E você usufruirá do meu cantinho ... o que me dá muita alegria.
Comente à vontade, se torne seguidor e compartilhe minhas ideias nas Redes Sociais.

Namastê!!!

Marcia Valéria Lira Santana



quinta-feira, 31 de março de 2011

O DIA QUE VIRGÍNIO LOUREIRO NÃO ACORDOU O GALO

 
Uma homenagem maravilhosa prestada pelo amigo Wilmar Bandeira que reproduzo aqui, homenageando um dos amigos mais "Divino e Profano" que tive a honra de conhecer.
Ao Virginio, mais arrumado que meio fio de obra inaugurada, aqui um escrito para você não dizer: "onde é que tá escrito?"
 
"Virgínio José Ferreira Loureiro embarcou em última chamada e partiu da vida num triste vôo de ida, no primeiro dia de abril de 2010.
Era o dia da mentira e, coincidentemente, quinta-feira santa! Que data inusitada, meu Deus! Confesso que rezei para ser a primeira nomenclatura, pois até hoje não acredito ou tento até desacreditar.  É sério, “há um lado carente dizendo que sim e a vida da gente gritando que não”, não é baiano? Por isso incrédulo permaneço, ainda congregando amigos e povoando lembranças.  
Sob o sol inclemente de Salvador, aquela quinta-feira era mesmo santa.
Ora, ora, você que nos seus momentos de dúvidas, descontraia a todos com piadas de salão e tiradas hilárias, inspirou-me também com a indubitável certeza das suas pérolas. Amigo, acredito que “não há virgens na zona”, mas também creio que “santo não sai sem foguete”. Por que naquele dia da mentira, somente uma verdade triste e silenciosa pairou na Baía de todos os Santos?  
Intrigante, mas o que fazer? No mínimo, marcaram errada a data da sua passagem!
Como és especialista em malhas aéreas, dizem as boas línguas que partiste para um turismo no céu, irradiando, sobre as nuvens, o mesmo riso fácil e encantamento que vivenciamos em terra. “Um fubazinho aí, São Pedro!” Certamente, o ambiente etéreo não é mais o mesmo. O que importa se não és daqui, marinheiro só? E daí?  Para nós, o seu divino dom de agregar, alegrar e fazer bem as pessoas é seu passaporte, o seu greencard, seja na terra, seja no céu.
Caro amigo, você não tem “loção” da quantidade de pontos de milhagens acumulados em viagens saudosas, em passagens plenas de lembranças, em trechos da sua vida que seus familiares e amigos percorreram após a tua partida. Sua memória continua vivente e sorridente dia após dia. Sempre que sobrevoamos o vazio do nosso espaço aéreo, a gente te rastreia em todas as rotas e níveis existentes.  
E creio que, após tantas chegadas e partidas, a gente se encontra num futuro incerto. Vamos trocar nossas milhagens de saudade por passagens na saída de emergência.  Faremos o check-in do mesmo trecho, pousaremos na mesma pista, caminharemos pelo mesmo finger e nos descobriremos no mesmo desembarque. É bem ali que o seu abraço afetivo nos espera para continuar a viagem. Assim é a vida.
No mais, com licença poética, contrario o “Gov” que defende que nossas águas são verdes, concordando com você, Virgínio: o nosso mar é azul. Um belo tom azulado que você teimou em colorir como baiano fascinado, de olhar mareado por Alagoas. E esse mar é tão azul como esse céu de paz que hoje te acalanta. Como essa nossa saudade que sempre não acredita e até tenta desacreditar aquele primeiro de abril.
Grupo é grupo, amigo!
Um grande abraço." 
*Wilmar Bandeira

 

segunda-feira, 28 de março de 2011

NO FRIGIR DOS OVOS*

Explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?
     
                Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
Entendeu o que significa “no frigir dos ovos”?

(Desconheço o Autor)

sábado, 26 de março de 2011

OBSERVAÇÕES HOLÍSTICAS*

 
"O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração infarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade".

(Desconheço o Autor, mas gostei muito)
 
  Vale Lembrar:
 O plantio é livre, a colheita, obrigatória ... Preste atenção no que você está plantando, pois será  a mesma coisa que irá colher!!
 


            Escolha ser feliz!!
 "Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."
Mário Quintana

sábado, 19 de março de 2011

LUAR DIVINO, INSPIRAÇÃO PROFANA!

Aí eu me rendo!

A natureza em todas as formas é uma inspiração perene.

Sua expressão  com brandura ou violência promove as mais inusitadas e incríveis relações do homem para com ela.

Por ela sentimo-nos inspirados e a homenageamos por meio da poesia, artes plásticas, música, das declarações dos enamorados .. enfim...ela é consequente.

Lamento o fato de ao longo das gerações o homem com sua ganância permanente, a violenta  sem pudor.

Ela tem nos avisado que não está lá tão harmoniosa conosco.

Mas, mesmo assim, nos permite explosões de beleza sem prescedentes.

Amo raios de luar, frestas de sol pela janela, por-de-sol, auroras, chuva em dias de sol, chuva em dias de invernada, cheirinho de mato, frutas colhida no pé, grama cortadinha, andar quicando a água do mar e brisa, ahhhh, tantas sensações que ela me oferece...

E a Lua?

bem, aí é um caso à parte.

Tenho para com ela uma fascinação. Quem me conhece sabe dessa quase devoção que nutro.

Deusa menina, mulher, anciã, dependendo de suas fases ela assim se apresenta.

Estar atenta aos seus ciclos e invocar sua energia como forma de proteção é quase um hábito.

Ritualizar suas fases, assim como aproveitá-la nos ciclos da  natureza nas estações do ano e bendizê-la, para mim é quase sagrado.

Criar os meus chás, meus banhos, fortalecer minha mente e corpo sob sua luz, significa muito pra mim.

Então hoje tão brilhantemente pude sob um céu de brigadeiro - apenas com alguns echarpes enuvelados que insistiam em cobrir o despudor de sua beleza lunar -  eu tão somente agradeço.

Luar Divino, inspiração Profana!

Marcia Valéria Lira Santana

sexta-feira, 18 de março de 2011

PRESSA: QUANDO ELA É DIVINA OU PROFANA?

- "Olá, como vai? Eu vou indo, e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro.E você?
Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranqüilo, quem sabe? Quanto tempo...pois é, quanto tempo... "

Penso que o mundo tecnológico em que vivemos, e isso pra mim é maravilhoso, nos induz a um tamanho de "pressa" que não sei de bem pra quê.

- "Me perdoe a pressa É a alma dos nossos negócios... Oh! não tem de quê. Eu também só ando a cem... Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí. Pra semana, prometo, talvez nos vejamos. Quem sabe? Quanto tempo...pois é, quanto tempo... "

Nesses dias de meu Deus, o celular ligado 24h nos compromete a estarmos à postos em qualquer momento, como se esperássemos uma notícia imprescindível à nossa vida bem de madrugada.

"Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí ... Pra semana, prometo, talvez nos vejamos Quem sabe? Quanto tempo...pois é, quanto tempo... Tanta coisa que eu tinha a dizer,  mas eu sumi na poeira das ruas ... Eu também tenho algo a dizer,  mas me foge a lembrança. "

Not, Net, Internet, nos ligam a toda hora com notícias que, a despeito de considerar mais que importantes e fundamentais, em um certo ângulo, nos preenchem com as "dores do mundo" em uma intensidade tamanha que chegamos a esquecer das dores do nosso próximo mais próximo, inclusive as do nosso coração.

Nessa expectativa, a exemplo do Tsunami Japonês, que creiam, chegou a me tirar algumas horas de sono e muitas lágrimas ... com sua fúria, deixou num patamar insípido, as águas que inundaram o nosso Paraná!


Penso que as águas de março brasileiras são menos envolventes que as ondas pacíficas do Oriente, mas tenho mais notícias virtuais de lá do que de cá.

Será que criamos tudo isso pra nos preenchermos com situações etéreas e fugirmos dos nossos concretos problemas?

Entendo que cientificamente, não!

Mas a apropriação disso tudo em nosso cotidiano poderá nos levar a algumas carências e preenchimentos indevidos.

No futuro não saberemos mais escrever em punho!

Por causa da pressa de estar linkado e alfabetizado virtualmente, esqueceremos de escrever "cartas".

Da mesma forma que talvez nunca mais peçamos uma xícara de açúcar ao vizinho porque pela Net, faremos o pedido da falta real e compraremos açúcar ou o que for possível virtualmente, nos distanciando cada vez mais do próximo mais próximo porque temos pressa e não conheceremos, então, os nossos vizinhos.

E continuamos correndo....

Quando Roberto Carlos escreveu "As curvas da Estrada de Santos" ele jamais pensou que nossa pressa estaria numa infovia, mas estamos nela ... em grandes Redes, que não resisto ...

Mas pra que isso mesmo?

E o que diremos do Poeta Paulinho da Viola quando afirmou "entre aspas no meu texto"  o que registro abaixo:

"Por favor, telefone, eu preciso beber Alguma coisa, rapidamente. Pra semana... O sinal...eu procuro você... Vai abrir... Prometo, não esqueço. Por favor, não esqueça. Adeus, Não esqueço, adeus. "

Que sentimento de Déjà Vu ... primatas ...

Pela pressa sem rumo ... pela pressa sem prumo ... pela pressa sem resta.


Marcia Valéria Lira Santana

segunda-feira, 14 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

NAS CURVAS DA ESTRADA ... DA VIDA!

Passeando pela estrada da vida, cuidado e atenção às muitas curvas de diversos formatos; entre simples, sinuosas e duplas, com aclives e declives, rumos retos, claros, obscuros, sinalizados, equivocados ... 

E apenas uma única estrada: a da vida, notadamente... a sua VIDA!

Algumas vezes  ela é angustiante, previsível, cheia de surpresas...

No entanto é sua estrada e você merece discorrê-la, percorrê-la e  vivê-la!

É Presente do hoje que você vive para o futuro e a constata  pelo pretérito.

Por isso é estimulante!

Mas o que a instiga são suas curvas  variáveis e o terreno em que ela é construída que se transforma quase que por encanto todo dia.

Para uma boa jornada e por muitas razões, classificadas como sensitivas, comprometidas ou até mesmo educativas, deve-se estabelecer limites consensuais, uma vez que em "sua estrada" transitam pessoas que lhe são caras e que por pressuposto é imaginável que sua orientação seja a mais lúcida possível, com o propósito que  ninguém à sua escolha derrape nela.

O transcurso deve ser orientado e delimiado, principalmente por conta da  preocupaçao com as intempéries que lhe fogem da  opção de permitir um trânsito livre e seguro.

Pois, qual nada ... por mais que se estabeleçam limites e esclarecimentos sobre o seu trajeto, os mais experientes e conhecedores, mesmo que sem intenção, infrigem os parâmetros estabelecidos e, permenentemente, acusam algumas infrações ou desastres À SUA ESTRADA.

.......

Mas ela é o que é ... e depende sempre do conhecimento, domínio, cooperação e colaboração dos seus transeuntes, contando você que, por eles conhecê-la  bem ... respeitam  os limites e a transitam com a aplicação  ampla das regras pré-estabelecidas.

Viajando-a e respeitando as regras ... que nem sempre são dela e que podem se alterar pelo "tempo", há que se fazer uma viagem tranquila ... com a possibilidade diferenciada e segura de se aproveitar uma linda paisagem que se lhe acompanha por todo  percurso e que, como num passe de mágica, pode se dar ao luxo de oferecer o usufruto de todas as estações da vida, a exemplo das estações do ano, com a prerrogativa que se pode explorar e extasiar-se em pleno, em cada uma delas.

Só há um grande compromisso: respeitar as regras graduais e mutáveis do percurso.

C'Est La Vie! - do francês, "É a vida"

Respectus pro bens vivendi - do Latim, "Respeito para bem viver"

Com muuuuuito carinho, desabafo.

Marcia Valéria Lira Santana

quarta-feira, 9 de março de 2011

OH, ABRAM ALAS QUE EU QUERO PASSAR!

É essa dimensão que eu quero. Alas abertas para que eu chegue mais no mundo.
Mas e aí... pensariam alguns, posto que os meus cinquenta anos  já me permitiram tanto caminhar, viver, sentir e conhecer?
Pois é... quanto mais vivo, menos acho que conheço.
E quando me permito conhecer, experimentar, vivenciar, descortina-se mais e mais possibilidades que me fazem sentir adolescente de novo.
Adolescer no sentido mais angelical da palavra.
Adolescer para sentir novos gostos e prazeres.
Sentar no meio fio da estradra  da vida e simplesmente observar a paisagem e perceber que posso, sem nenhum pudor, escolher o rumo, o ritmo, a cor, o cheiro, a vontade de ir ... apreciar e escolher o que quero desse caminho.
Adolescer com maturidade. Isso, quem tem quinze, vinte anos, não tem.
Esse espírito em crescimento só nos é dado quando vivemos e entramos numa fase  que  permitimo-nos  dar o privilégio das escolhas que apontamos como fonte de prazer a nós mesmos.
E a sintonia com esse mundo novo se inaugura em cada instante em que o vivemos.
E o melhor de tudo é estarmos acompanhados com alguém que está aberto e "conosco" em cada passo desse novo passeio.
Espetáculo de vida vivida. Espetáculo de cumplicidade que vem embevecida de harmonia e saciada de paz, com uma exaustão de carinho que não tem tamanho.
Como é bom amar!!!
Abram  alas que estou passando com o mais lindo dos parceiros: o MEU AMOR!!!

Pra você, meu Tadeu.

Marcia Valéria Lira Santana

segunda-feira, 7 de março de 2011

PROFANOS SONHOS*

"Tuas carícias...
deixam minha alma nua.
Tuas palavras
fazem meus pensamentos voarem.
Sinto o leve toque das tuas mãos
percorrendo o meu ser...
meu coração bate forte...
acelera...dispara...
Meu sonho contigo
é profano...é louco...
sem qualquer engano
nem mesmo limites
Sinto em meu corpo
a saliva quente da tua boca
tua língua ávida percorrendo tudo
invadindo meu corpo
tocando... desejando...
querendo...muito mais.
Teu corpo sobre o meu,
entre volúpia insana e sonhos
Gemem...vibram juntos
delirando freneticamente
intensificando nosso desejo
momento de amantes sinceros
Nossas almas profanas
se encaixaram perfeitamente
neste sonho nosso
momento intenso
entre seres que se amam."

*Marcelo Fouquet

http://www.poemas-de-amor.net/blogues/marcelo_fouquet_rosembrock/profanos_sonhos

domingo, 6 de março de 2011

O troco e a troca

E é assim que eu me sinto...

Sem nenhuma cobrança, vejo-me pregada a um compromisso, deveras  prazeroso,  que me instiga a escrever, mesmo em tempos Momescos.

Um dia atrás do outro... um compromisso aqui e ali...

daqueles que você não assume como se fora seu, mas que é o cerne, que instiga e o faz pensar.

E assim imaginei o título ingrato dessas palavras breves: em pricípio, "A Troca e o Troco". No decorrer do texto, "O troco e a Troca".

Parece estória da carochinha...

Mas as minhas trocas aqui são apenas  impressões do que eu sou capaz de deixar marcada numa página de poucas espectativas.

No entanto estou aqui.

E por isso troco.

Troco verbetes que me fazem ser mais clara.

Troco pensamentos que me ditam o mais razoável e inteligível à elaboração do meu  pensamento.

Troco mais cometimentos que em algum nível poderia trocar ... seja  por e-mails e comentários insurgentes que me chegam, ou pelas palavras que aqui posto.

Troco pelas palavras de amor e consentimento que me são comentadas.

E a troca?

Essa vem em termos recorentes e decorrentes.

Pessoalmente venho de um estágio profundamente divino e profanamente rasteiro ...

- (viram o trocadálho do carilio?) - mas que me dá, potencialmente, a capacidade de divagar....

Divagar num limite possível e aterrar num solo capaz de me fazer fincar armas e apenas ser o que sou. Numa insensatez de ser apenas...EU.

Ninguém merece ler isso!

Dificilmente alguém lerá, nesses tempos de muitos compromissos timbaladescos.

Prometo ser menos rebuscada daqui pra frente e reaver as minhas impressões com os Pecados Capitais ... pelo menos avaliarei meus pecados (?) com as leituras que fizer.

Penso que o "troco" é de natureza profana, mas a "troca" é Divina.

Por isso troquei tudo.

O Divino estará em mim ou o Profano me faz uma pegadinha?


Marcia Valéria Lira Santana

quarta-feira, 2 de março de 2011

GERANDO IMPRESSÕES

Então....desde que me entendo por gente, a máxima de "a primeira impressão é a que fica" me foi introduzida quase como um dogma.
Mas aí eu fui crescendo, conhecendo, vivendo, absorvendo, amadurecendo....e hoje sei que nem tudo que "reluz é ouro" ou seja, o "terço da missa" não é bem esse, se me permitem os adágios.
Passamos a vida nos importando em sermos o que nem sempre somos ao iniciarmos algo.
Se estamos desempregados, assumimos o compromisso com o "chefe" de garantirmos a maior produção que já existiu na empresa.
Se estamos conhecendo alguém potencialmente "enamorado", seremos a pessoa mais terna e tentaremos tatear na função observação, o que o pretendido gosta ou não, para fisgarmos o futuro bem amado.
Se palestramos ou versamos opinião, tentaremos ser o mais convincente possível, com vistas a agregar seguidores e valores.
Mas esse exercício cotidiano nos faz ter duas faces. A do EU e a do que REPRESENTO.
Isso deve ser artimanha do EGO ou artifício psicossocial que nos conduz à necessidade de estrearmos bem na fita dos relacionamentos.
Mas isso se sustenta?
Esses tempos de carnaval me faz refletir sobre isso, notadamente pelas fantasias que vestimos ao longo da troça.
É possível que apenas por essa época, investidos de máscara, sejamos apenas nós perante os outros.
Na quarta-feira de cinzas, guardamos nos baús da mente e dos móveis, aquilo que escondemos ao longo do resto do ano.
A liberdade de sermos apenas nós.
Reflito nisso porque quase nunca, nem eu nem você, permanecemos idênticos, desde a impressão, do primeiro olhar, do primeiro encontro... da primeira conversa ... da primeira promessa ...do primeiro compromisso ... da primeira crise ... até que se anuncie algo que fuja do entrementes previsto ou o cotidiano nos envolva.
Aí, passamos a ser nós mesmos.
A salvo as identidades que geralmente são conhecidas como polêmicas e sinceras desde o primeiro contato e eu avalio que isso seja uma fuga tamanha, dificilmente você não se transforma com o passar do tempo de convivência.
Mas como os peixes, precisamos de iscas ou sedução para sermos capazes de enfileirarmos relacionamentos.
Então metaforicamente saúdo os "Bonecos do Recife" e todas as máscaras e disfarces fulgidias e caricatas. Elas são para nós a representação simbólica do que precisamos ter sempre para os que nos vêm e ouvem pela primeira vez e querem  apreciar.
Com experiência, paciência e vontade de estar junto, decerramos as mil faces .... comprovamos o que é real .... nos apaixonamos e confiamos nele, assim como ele o é.
Isso é sabedoria!
 Sabedoria é uma das artes do Divimo.
Máscaras são uma das facetas do Profano.
É isso.
Tiro uma máscara e registro esse pensamento.

Marcia Valéria Lira Santana