QUE BOM, VOCÊ CHEGOU!

Meus queridos,

Seja Divino, seja Profano, sejamos nós, os dois, que bom que você veio!
Aqui, colocarei minhas impressões, fatos, comentários, pensamentos, textos interessantes de outros que fortaleçam esses elementos que em mim residem.
Meu lado místico, florescerá!
Meu lado técnico se posicionará!
E você usufruirá do meu cantinho ... o que me dá muita alegria.
Comente à vontade, se torne seguidor e compartilhe minhas ideias nas Redes Sociais.

Namastê!!!

Marcia Valéria Lira Santana



sábado, 28 de maio de 2011

PANIS ET CIRCENSES

Panis Et Circenses
Há bem no fundo do meu coração um saco que guarda sensações das mais diversas, provocadas por situações que vi, vivi, sonhei ou ouvi de alguém.
Uma dessas sensações vem das minhas memórias lúdicas provocadas por quando eu tinha notícias que havia um circo perto de minha casa ou na cidade que eu estivesse morando.
"Hoje tem marmelada, tem sim senhor, hoje tem palhaçada, tem sim senhor! Senhoras e Senhores, o Gran Circo" ... Chegava, desfilava nas ruas com todas os sonhos e fantasias materiais e imateriais que eles poderiam apresentar e aí, tal qual a "pomba" que voava da cartola do mágico, meu pensamento voava nos mais altos níveis de imaginação.
Como eu queria ser aquela menina que subia no elefante ou domava aqueles tigres e leões imensos ... Aquela que fazia mil malabarismos com os mais incríveis materiais, ou a mulher que cuspia fogo, se equilibrava em cordas maleáveis e a trapezista que se entregava no mais alto nível de confiança ao seu partner quando se lançava no meio do nada, em salto triplo mortal, lá no mais alto picadeiro para que ele, de cabeça para baixo, a conduzisse a um outro balanço.
Como era incrível aquele mundo de sonho e fantasia. No circo víamos que o improvável era possível e o impossível se concretizava ali, como num passe de mágica! Crianças, adultos e velhinhos, todos se embeveciam com a mesma emoção.
E era assim, a lição que o circo me deixava todas as vezes que eu o visitava. Tudo é possível, menina! Sonhos se realizam, sim! E isso foi um grande alimento em minha vida.
Como poeticamente diz Shakespeare "Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança". E no circo havia tudo isso.
E olho pra trás nas historias, contos, crônicas, artigos, poemas, sonetos e novelas que compõem minha vida e vejo grandes cenas de meu circo pessoal na maioria desses atos.
Quantas ilusões me envolveram, quanto malabarismo fiz e faço na vida, quantas mágicas apresentei, quantos leões domei, algumas vezes me atirei naqueles canhões gigantes, criando a ilusão, aos que me observavam, que fui pra sempre e, em seguida, triunfante, voltei! E as vezes em que o Globo da morte desafiou-me e eu, ali, estática, sobrevivi. E quando eu pregada na grande roda, num giro alucinante sobrevivi às facas afiadas que me lançavam e logo após esse momento, sentia e me orgulhava da sensação de ter sobrevivido ilesa do desafio, sem nenhum arranhão aparente e me curvava, orgulhosamente, aos bravos do "respeitável público" que aplaudiam de pé?
Quanta alegria eu já proporcionei, quantas lições já passei, quanto brilho e bem-estar eu doei, em quantos circos já me apresentei ...
Sinto muito a falta de algo semelhante que eu possa apresentar aos meus netos. Sei que a evolução da consciência social e humana tem alterado muitas das coisas que vivi. Por isso, circos como os que vi e com os que aprendi deixaram de existir. Lamento. Eles haverão de aprender em outras fontes. Mas o romantismo, a ilusão, o sonho e a fantasia que me permitiu ser o que sou e como sou, ahhhh, eles não mais terão.

Uma sonhadora de pés no chão, em 28 de maio de 2011.


Marcia Valéria Lira Santanaflowerdetail_a.png
Meditação XVII (extrato)

Tradução e adaptação: Ricardo Cabús

Nenhum homem é uma ilha,

completo em si mesmo;

todo homem é um pedaço do continente,

uma parte do todo;

se um torrão for carregado pelo mar,

a Europa fica menor,

assim como se um promontório fosse,

assim como se fosse uma mansão de teu amigo

ou mesmo a tua;

a morte de qualquer homem diminui a mim,

porque sou parte da humanidade,

e portanto nunca questiones por quem os sinos dobram;

eles dobram por ti.



John Donne (Inglês 1572-1631)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

VOZ QUE SE CALA
 

Amo as pedras, os astros e o luar

Que beija as ervas do atalho escuro,

Amo as águas de anil e o doce olhar

Dos animais, divinamente puro. 

 

Amo a hera, que entende a voz do muro

E dos sapos, o brando tilintar

De cristais que se afagam devagar,

E da minha charneca o rosto duro. 
 

Amo todos os sonhos que se calam

De corações que sentem e não falam,

Tudo o que é Infinito e pequenino! 

 

Asa que nos protege a todos nós!

Soluço imenso, eterno, que é a voz

Do nosso grande e mísero Destino!...

 

Florbela Espanca

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Minha Mãe em resposta ao texto "MINHA MÃE!"

Minha Marcia*


"Filha. Sendo hoje o seu aniversário é para mim uma das datas especiais em meu viver.

Agradeço à Deus por você ser minha filha.

No dia das mães próximo passado fiquei ricamente feliz com as homenagens que recebi dos filhos,noras, netos, bisneta, etc, etc.

Recebi sua mensagem que tocou meu coração e resplandeceu minh'alma de emoção.

Vou além; me senti homenageada.

Em cada palavra uma recordação, onde houve quatro frases que renovou toda minha fé

e contentamento:

1) “ Minha mãe” pula como leoa na defesa de cometi- mentos injustos e se flagela quando 

 seus limites a distanciam ou a impedem de vorazmente afastar sua cria de qualquer perigo.

2) “Minha mãe” transforma o sabor amargo das lágrimas em frescor das gotas de orvalho.

3) “ Minha mãe” é uma criatura qualificada a conceder perdão aos erros. Alguém que acredito

 está afiançada para ouvir confissões, conceder atos de penitência e acima de tudo oferecer

 o perdão do Divino, antes mesmo que cheguemos ao famigerado juízo final.

4) Pela cria ela cria até felicidade.

Só posso te dizer:

- Muito , muito , muito obrigada minha filhaaa!

Nesta data que não sei ser mais sua do que minha

peço à Deus que ilumine cada vez mais suas atitudes, seus sentimentos, seus pensamentos,

seus desejos, suas necessidades, seu amor, sua fé, sua esperança, que são

investimentos de seu ser verdadeiro.

Filha, agradeça e ore sempre pois  a oração enriquece o amor de Deus que certamente irá

inundar a sua alma e muitos milagres ocorrerão na sua vida.

Seja sempre esta mulher forte, determinada e feliz porque minha filha,
a felicidade é mais do que ter alegria e sorrir. Ser feliz é se sentir em paz.
Sua mãe deseja toda paz do mundo para você .
Feliz aniversário!!!
Sua mainha .
Ontem, hoje, amanhã, eternamente!

* Adelina Salgues da Silva Lira, Minha MÃE! em 16 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MINHA MÃE!


Uma das condições do  humano ser Ser- Divino é a Maternidade.
Sou mãe e avó. Nesse contexto fui divinizada exponencialmente.
Ser mãe é um dom intrínseco do feminino.
 Mulheres que não se tornaram mães, não tiveram nessa vida a oportunidade de aplicar esse dom via entranhas.
 Mas esse dom  se mostra de outras formas,  via coração. E a divinação se torna a mesma. Muda a cena  mas não o Ato.
“Minha mãe”.
Basta o sentir dessas palavras mágicas para que coisas se expliquem.
Lembro ainda da primeira vez que percebi, conscientemente, a magia das palavras “minha mãe”.

Fecho os olhos, e um calor corre pelas paredes das minhas veias, circulando uma energia tão boa de segurança que me pergunto porquê não faço esse exercício quando sinto queda energética.
Para bem da verdade, minha primeira lembrança do sentido  “minha mãe”  fixou-se em mim quando eu tinha exatos 1 ano, 6 meses e 27 dias de vida. A minha mãe foi até a maternidade me trazer uma irmã: Kátia. Outras quatro vezes mais isto aconteceu. Mas naquela noite eu percebi que seu amor ecoara tão forte e intermitente em minha mente e em meu coração que nem sei  .... .não lembro de nada antes desse dia. Minha memória não registra. Mas guardei um tamanho de amor daquele dia que minha consciência nasceu junto com minha irmã .... que “minha mãe” começou a escrever sua história para comigo naquele momento. E ao contrário que normalmente as mães se preocupam com os filhos quando um novo filho entra na família, comigo aconteceu assim ... simplesmente eu a percebi, a senti, a amei e guardei comigo uma confiança e segurança tão grande que jamais esqueci.

E assim cresci.

“Minha mãe” explode num orgulho ilógico até em situações fisiológicas previstas ao ser humano, como nos primeiros passos, nas primeiras palavras, na primeira apresentação cultural da escola. E mesmo depois de décadas de vida dos filhos a “minha mãe” é capaz de, ilogicamente sentir o mesmo orgulho quando sua cria “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.
“Minha Mãe”  Pula como leoa na defesa de cometimentos injustos e se flagela quando seus limites a distanciam ou a impedem de vorazmente afastar sua cria de qualquer perigo.
 “Minha mãe” transforma o sabor amargo das  lágrimas em frescor  das gotas de orvalho.
“Minha mãe” é uma criatura qualificada a conceder perdão aos erros. Alguém que acredito está afiançada para ouvir confissões, conceder atos de penitência e acima de tudo, oferecer o perdão do Divino, antes mesmo que cheguemos ao famigerado juízo final.
Percebi com meu processo de maternidade que desde o nascimento de Priscila, Tatyana, Marina e Claudinha o meu coração vive fora do meu próprio corpo e eu me tornei meio mágica. A magia se instalou em mim.
“Minha mãe” cria, recria, educa, cutuca, mata, engorda, puxa, estica, reduz, amplia, mente, erra, corrige, exige, fica fula, pula, salta, rompe, atura e costura, mete, se mete, remete, comete. Fecha os olhos, não dorme, sonha e tem a capacidade quase exclusiva e para tantos,  improvável,  de se ver feliz com a felicidade do outro. Dos filhos. Completa. Em paz. Pela cria ela cria até felicidade.

“Minha mãe” é Minha Mãe. Adelina! D. Linda, linda!
 Espero que a sua seja também.


Marcia Valéria Lira Santana, em 05/05/2011. Pra você, Mainha!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

UM PEDAÇO DE VOCÊ*

"Um pedaço de você já ficou no tempo, quando você deixou de ler um bom
livro, quando não acreditou naquele amigo, quando não aproveitou
aquele instante para falar de amor, quando não abraçou seu pai e nem
beijou a mãe.

Um pedaço de você se perdeu na curva, quando abandonou o seu sonho sem
tentar, quando aceitou trabalhar onde não gostava, quando fazia o que
não suportava; quando disse sim, quando queria dizer não, quando
deixou o amor morrer antes de nascer, por medo de sofrer...

Um pedaço de você ficou aí parado, quando você não quis fazer um novo
percurso, quando se conformou com o velho, quando ficou parado vendo o
povo correr, quando votou em branco, se podia escolher; quando não
apareceu quando era esperado.

A vida pede atitude em cada instante, e passa por cima de quem se
cala, de quem aceita, de quem acredita que tudo está irremediavelmente
perdido. A vida desacata quem não se aceita, humilha quem não se
valoriza, ensina com amor os que amam sem medidas, ensina com dor, os
que fogem das lições.

Um pedaço de você quer tudo, outro quer se esconder. Assim, cabe a
você, só a você, dosar ansiedade e apatia, ter um tempo para criar e
outro para executar, falar e ouvir, ensinar e aprender, caminhar e
correr, amar e ser amado, falar baixo e gritar. ter um tempo para
refletir...

Só não vale cruzar os braços, só não vale não ser você, só não vale
esquecer: que nada é mais importante que você."



Obrigada,

Marcia Valéria Lira Santana


*www.rivalcir.com
 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O QUE SE PASSA POR MIM*

´ Não me prendo a nada que me defina!

Sou companhia mas posso ser solidão...

tranquilidade e inconstância, pedra e coração.

Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.

Música alta e silêncio! Serei o que você quiser, mas só quando... eu quiser.

Não me limito, não sou cruel comigo!

Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... ou toca, ou não toca!´

*Clarice Lispector.

Ando sem motivação para escrever, daí segue uma linda passagem dessa Mestra!