QUE BOM, VOCÊ CHEGOU!

Meus queridos,

Seja Divino, seja Profano, sejamos nós, os dois, que bom que você veio!
Aqui, colocarei minhas impressões, fatos, comentários, pensamentos, textos interessantes de outros que fortaleçam esses elementos que em mim residem.
Meu lado místico, florescerá!
Meu lado técnico se posicionará!
E você usufruirá do meu cantinho ... o que me dá muita alegria.
Comente à vontade, se torne seguidor e compartilhe minhas ideias nas Redes Sociais.

Namastê!!!

Marcia Valéria Lira Santana



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

FOTOS DO ANIVERSÁRIO DO TADEU!

http://picasaweb.google.com/marciavls28 Aqui fica o registro do encontro da família com os jovens amigos, registre-se a "thurma de Taty e Claudinha" que se juntaram e vieram aqui em casa comemorar o aniversário do meu amor, junto com os queridos da família.
Uma grata surpresa!!!



Beijos a todos,

Marcia Valéria Lira Santana

sábado, 26 de fevereiro de 2011

MORAR NO TEU ABRAÇO*

"Se me perguntassem em que lugar eu gostaria de morar eu com certeza diria que é dentro do teu abraço. Não existe lugar mais confortável, quente e acolhedor. E eu me sinto segura, em paz, protegida, sem medo. Deve ser por isso que gosto tanto de encostar a cabeça no teu peito e ficar bem quietinha. Dessa forma, dá a impressão de que ninguém me acha, a não ser quem efetivamente precisa me encontrar. Mas essas pessoas, bem, elas nunca, nunca me perdem. E eu não sei explicar o resto, acho que é uma questão de amor."
 
 
Vivianne Oliveira*, amiga, jornalista e acima de tudo, amada e mulher de Rodrigo, meu sobrinho

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ISSO É MESMO DIVINO!

A VIDA.... ela mesma.... descrita com todas essas letras garrafais... demonstra uma das coisas que, ilibadamente, representa o Divino por aqui, nestas arestas de mundo, integralmente.

E o que mais me é gratificante é sabê-la vivida com "alguéns" que nos fazem divinos e profanos na evolução desse processo. Aliás, são os "alguéns" que nos fazem evoluir para que possamos nessa aposta, concluir que somos, simplesmente, humanos.

E esse crescimento de humanidade só tem sentido se estivermos acompanhados e acolhidos por quem nos querem e queremos.

Isso merece uma divina comemoração. Fazemos isso a cada 365 dias... e esses dias nos imprimem um balanço, nem sempre linear, daquilo que fomos, que conquistamos, que evoluimos.Mas, se bem sobrevividos, nos fazem crescer, amadurecer e nos tornamos sábios.

Estou hoje homenageando o amor da minha vida. O homem que em suas muitas formas de amar, aposta em mim, sofre por mim e comigo, e sobremaneira me ama e me deixa amá-lo desde há muito, nesse processo de convivência e sobrvivência coletiva.

Hoje amor você faz alguns muitos anos, mas a presenteada aqui sou eu. Eu que tenho o privilégio de privar do seu amor inconteste. Aproveito essas mau traçadas linhas pra dizer-te que  sem você não sou ninguém, que voce é minha paz, minha verdade, meu desejo, meu coração, minha paixão acordada, de olhos  abertos ao futuro bem certo que me instiga todo dia a ser eu mesma expandida, grandiosa, plena e cheia de imaginações que só você sabe, aposta, curte, segue e, melhor que tudo...aproveita.

TE AMO, meu amor Divino!  apenas isso, meu coração!

FELIZES ANIVERSÁRIOS..... e muitos e tantos e seus e meus e nossos.

Parafraseando Cazuza.....Eu preciso sempre dizer que TE AMO!!!!!

Da sua,

Marcia Valéria Lira Santana

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A NOITE NA ILHA*

"Dormi contigo a noite inteira junto do mar, na ilha.
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Talvez bem tarde nossos
sonos se uniram na altura e no fundo,
em cima como ramos que um mesmo vento move,
embaixo como raízes vermelhas que se tocam.
Talvez teu sono se separou do meu e pelo mar escuro
me procurava como antes, quando nem existias,
quando sem te enxergar naveguei a teu lado
e teus olhos buscavam o que agora - pão,
vinho, amor e cólera - te dou, cheias as mãos,
porque tu és a taça que só esperava
os dons da minha vida.
Dormi junto contigo a noite inteira,
enquanto a escura terra gira com vivos e com mortos,
de repente desperto e no meio da sombra meu braço
rodeava tua cintura.
Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor, despertei, e tua boca
saída de teu sono me deu o sabor da terra,
de água-marinha, de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar que nos rodeia."

*Pablo Neruda

(Sugestão da querida amiga Maria Luiza Russo - Valeu!!!)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

DA ALMA PARA O CORAÇÃO - O texto não é meu, mas é lindo!

Não sei se o seu tempo na vida vai ser suficiente para você ser e fazer tudo o que deseja.

Mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas, se nossa lembrança não desperta saudade no coração dos amigos, se, quando partimos, não deixamos no outro a esperança da nossa volta.

Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que manifesta a emoção, olhar que acaricia, amor que aquece e fortalece.

E isso não é coisa do outro mundo, é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, gostosa... enquanto durar.

Se você quer amor... ame! Você sabe amar?

Sabe respeitar o que lhe contam? Sabe ouvir sem criticar? Sabe aceitar sem restrição?

Nada preenche o coração, a não ser o Amor, a Amizade.

O agasalho aquece o corpo, lindas roupas o embelezam, mas o que aquece a alma, o que faz brilhar o olhar, o que dá vontade de continuar é o Amor... Só o Amor!!!

(colaboração de Silma Bispo)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

SERÁ QUE ESTOU CONDENADA?

Nem sempre foi assim, pelo menos comigo. Mas hoje, quiçá pelos passos tateados nessa jornada de vida, permito-me, simplesmente, ir fundo em todas as oportunidades e desafios que me surgem.

O  pleno uso dos meus sentidos, instintos e hormônios não maculam nada. Apenas me permitem vivê-los na ordem e hora certas. Tirar  bom proveito de cada um deles é divino.

Consumir até a última gota das horas de prazer, tanto quanto momentos de amor,  de amargura, dor e solidão, tristeza e alegria,  faz-me simplesmente viver, a todo custo, intensamente.

Então, explorar sentimentos divinos, dão-me a perfeita certeza da minha dimensão humana querendo chegar aos deuses, simplesmente pelo fato do querer aproveitar-me por  completo, sem desperdício nem pudores, cada situação que permeia a minha vida.

E essa sensação de saber-me plena por estar saboreando cada gota do meu viver e das possibilidades inovadoras que advém em função disso, faz-me crescer....agiganta-me.....fortalece-me!

Dessa forma, sinto-me por vezes utilizando alguns dos ditos "pecados capitais" sem dor na consciência.

Como mais do que devia, pelo prazer do sabor do que estou comendo. E daí? olho para certos exemplos de conquista e os invejo, do mesmo modo, sinto-me vaidosa por muitas coisas que possuo, além de adorar lagartear por dias inteiros, curtindo o ócio, na mais verdadeira aplicação da preguiça. 

Será que estou condenada?

Bom final de semana, pecadores!


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Moradas do Sol - um texto divino!

MORADAS DO SOL
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA




Agora dei em vê-las, as árvores. Elas me surgem sem cerimônia das esquinas em florações de fantástica beleza. Fui eu que mudei, captando sob uma nova ótica da sensibilidade essa vibração das cores, ou foi a natureza que se tornou mais exuberante nesse início de verão?

Há questão de dois meses notei os flamboyants que me apareceram quase que de chofre, pois os vi de repente como fogueiras floridas se elevando ao céu. Eles povoaram outubro e novembro marcando meu estado de espírito, confundindo-se com os poentes onde o dia se dilui nessa época do ano entre matizes rubros do entardecer.

Foram-se os flamboyants como tudo na vida se vai. Mas eis que para o consolo de minhas retinas eclodem as acácias de cachos amarelos, desfolhando dourado e esperança nas calçadas por onde passam indiferentes à beleza os atribulados, os cansados, os exauridos, os ocupados, os insensíveis, os amargos, os tristes, os culpados, os solitários. Que triste é não ver as acácias a espargir perfume como incandescentes moradas do sol.

Talvez essas árvores estejam mesmo é prestando um culto secreto à estrela que nos ilumina, e sem a qual a vida se extinguiria neste planeta. Ou quem sabe sejam um alerta para que deixemos as sombras em busca da Luz. Ah, é preciso decifrar floradas e cores, tarefa que não é só para iniciados e poetas, mas para os que vivem em busca das moradas do sol.

Em tempos imemoriais, nas religiões antigas, cultuava-se o sol como símbolo da vida. Entre aquelas civilizações remotas que viviam sob o sagrado domínio solar, erguia-se a mais portentosa de todas, a egípcia, pátria sagrada de deuses, esfera de poder dos faraós. Egito, cuja glória está retida em construções que desafiam a interpretação humana. Seus mistérios até hoje permanecem ocultos nos vértices das pirâmides, na arte da mumificação,  no culto aos mortos, na crença da eternidade.

Na quinta dinastia, das trinta e duas que existiram, começaram a surgir os templos solares e o mais famoso, o de Heliópolis, foi certamente o protótipo a partir do qual os filhos de Rá, os faraós, construíram outras moradas dos deuses. Naqueles primeiros edifícios não havia estátuas e apenas um imenso obelisco sobre a mastaba era o símbolo de Rá, como um raio petrificado de sol. Todas as manhãs o deus viajava através do céu triunfando sobre o caos e a maldade, e mesmo durante a noite ele mantinha o mal encurralado até renascer pela manhã.

Na décima oitava dinastia o Egito assume dimensões épicas e seu mais alto grau de evolução. Nesse tempo perdido entre as areias do deserto e as águas do Nilo, reinaram Tuthmosis I (o faraó que substituiu as pirâmides pelas tumbas encravadas no Vale do Reis), Hatshepsut (a única farani que governou o Egito) e Hamsés II, o maior de todos os faraós.

Diante desse poder mágico e sagrado como são pífios nossos governantes atuais, mesquinhas suas maquinações políticas, vulgar e empobrecido o agir dos representantes por nós eleitos. No poder fugaz de agora, o imediatismo é a característica de uma época de produtos descartáveis. Vivemos a era do tempo fragmentado, do saber decomposto em especializações, da pressa exagerada e nos encerramos em partículas de existência onde os relacionamentos superficiais deixam às vezes à deriva as emoções mais importantes.

Mas aportemos no tempo de Amenófis IV. Pela primeira vez surge a idéia do monoteísmo, pois o faraó irá declarar que existe um único deus cujo símbolo é o sol, Aton, que abre os braços para dar vida ao mundo. O nome do rei então é mudado para Akhenaton (aquele que rende serviço a Aton). Enquanto viveu ele defendeu sua doutrina, ferozmente combatida pelos sacerdotes de Amon. Akhenaton tornou-se aquele que vive da Verdade e em louvor ao Único Deus cantava: “Tu és o Eterno, o céu é Teu templo no qual apareces cada dia para dar a vida aos filhos saídos do Teu corpo”.

Isso aconteceu há muito tempo, perdendo-se os fatos em mistérios cada vez mais cerrados ao homem moderno que, se continua mantendo dentro de si a busca do Sagrado, recebe apenas pálidos reflexos de conhecimento das religiões de massa cada vez mais politizadas, sincretizadas, exotéricas e distantes do esoterismo professado pelas crenças dos antigos povos.

Estas acácias assim refletindo o sol me levaram muito longe. Naveguei pelo passado através do rio Nilo. Busquei em templos imemoriais o Deus Único, o mesmo que hoje é cultuado nas religiões monoteístas.  Na procura da Luz, tentativa de dissipar minhas trevas interiores, tornei-me uma humilde sacerdotisa de Aton diante das árvores de ouro.

Talvez, somente os iniciados e os poetas poderão me compreender. Ou quem sabe, muitos mais estarão comigo nesta viagem da imaginação, onde se pode ir mais longe do que quando o guia é a razão. Afinal, criar é legado divino recebido pelo homem e criar através das palavras é tentativa de se aproximar dos universos particulares em que cada pessoa se encerra com seus mistérios e aparências. A isso se chama comunicação.

Um amigo me transmitiu uma mensagem que repasso a todos que porventura tenham viajado comigo pelo Egito Antigo à sombra das acácias: “É preciso a visão de um novo horizonte feliz, de uma fresta de luz no paiol da vida. Precisamos, nem que isso faça sangrar as mãos, chegar até a parede e rasgar uma fresta para que entre a Luz que vem do Leste”. 

Quando vejo o sol lançando uma luz especial sobre os prédios que se tornam resplandecentes no final da tarde, como se emergissem de uma cidade encantada, meus olhos perscrutam os horizontes em busca de outras moradas, onde a Luz, a Vida e o Amor universal são os apanágios da eternidade.
                                 Maria Lucia Victor Barbosa

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ao Dia Internacional do Amor

Ouve estes versos que lhe dou
Eu os fiz hoje, que sinto o coraçäo contente.
Enquanto te amor fou meu somente,
Eu farei versos e serei feliz.

Quero fazê-los pela vida a fora
Versos de sonho e de amor e hei de depois,
Relembrar o passado de nós dois,
Esse passado que começa agora.

Estes versos, marcados de ternura
Säo versos meus, mas que säo seus também.
Sozinho, hás de escutá-los sem nninguém,
Que possa perturcar nossa ventura.

E quando o tempo branquear os teus cabelos,
Podes, mais tarde revivé-los,
Nas lembranças que a vida não desfez.

Se nesse tempo eu já tiver partido
E outros versos quiseres, teu pedido,
Deixa ao lado da cruz para onde vou.

Quando lá, novamente então tu fores
Podes colher do chäo todas as flores,
Pois são versos de amor que ainda lhe dou.
(JG de Araujo Jorge)

Ah, o Amor!!!! Tão Divino e tão Profano....

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Quantas anda sua relação com os antigos e novos pecados capitais?

Pois muito bem... e não é que me deparei pensando nisso?
Essa relação entre o fazer e ser punido,  virtude e pecado, céu e inferno, Deus e o Diabo, sempre me inquietaram.
Segundo S. Tomás de Aquino, "todo pecado se fundamenta em algum desejo natural e o homem, ao seguir qualquer desejo natural, tende à semelhança divina, pois todo bem naturalmente desejado é uma certa semelhança com a bondade divina”, e que o pecado é desviar-se da reta apropriação de um bem. Será que estamos todos condenados?
Vejo que tem se tornado rotineiro o uso da maioria dos tais pecados capitais, a saber: vaidade (ou soberba, a mãe de todos os vícios), avareza, inveja, ira, luxúria, gula e acídia (hoje substituído pelo termo, preguiça), quase que como vocabulário básico do nosso cotidiano. Será que estamos, todos, arruinados na ética do Divino?
Será que a soberba/vaidade continua sendo considerada socialmente como a mãe de todos os vícios e por ela, profanamos nossos usos e costumes?
Não vamos muito longe, porque se formos, vai dar uma "preguiça".... eita palavrinha usada e praticada nestes tempos de meu Deus.
E essa busca compulsiva pelo corpo sarado, pelo carro comprado, pelo cargo ocupado, até mesmo pela família entrosada?
Cometemos o pecado da gula pelos olhos, pois muitas vezes comemos com eles e pelo descontrole de dietas e mais dietas, assaltamos geladeiras sorrateiramente, roubando de nós mesmos a dignidade e a ética do compromisso assumido com o nosso bem estar.
 A luxúria tem sido tão praticada nas mais diversas áreas que por ela, muitas vezes somos classificados como pessoas que são um luxo e outras que são um lixo!
 Tá bem... alguém pode dizer que esse aspecto é apenas léxico. Mas o que concretamente fazemos com os "estímulos" musicais da "dança da garrafa", do "tapinha não doi" e de danças do "reboleichom", vendo a nós mesmos, por muitas vezes, treinando para isso e achando lindo, nossos filhos e netos transgredindo assim?
E a prática a avareza, aprisionando nossa capacidade de ofertar a alguém o que ele necessita. E não estou falando do vil metal, não! somos capazes de aplicarmos a avareza nos sentimentos, nos relacionamentos, tornando amarga a vida de tantos...
E por aí vai...
E esse trânsito caótico, só pra dar um exemplo que nos faz ter acessos frequentes de ira?
Daí, eu resolvi refletir em cada um desses pecados isoladamente e passarei a registrar minhas impressões ao longo dos próximos textos.
Também me permitirei refletir sobre os novos pecados capitais: a manipulação genética, o uso de drogas, a desigualdade social e a poluição ambiental, anunciados pela Igreja Católica recentemente.
Manterei meus olhos na experiência da observação humana e social, e no fenômeno de tais vícios, certamente inspirada em S. Tomás de Aquino, doutrinador dos sete pecados capitais iniciais.
Ou será tudo uma questão etológica e nada do que me referi, fere os tais pecados?
E por que, a mais de milênio, a visão ética do vício e pecado não foi alterada?
Quem aprofunda comigo?
Marcia Valéria Lira Santana

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Anjo sem Asas

Alguém conhece Anjo sem Asas? pois bem, eu tenho alguns.

E por incrível que pareça, eles aparecem e somem, como que se voassem.

E quando estou assim, meio que desprotegida, eis que surge um deles e pimba!!! dilaceram o meu coração.

Sabe por quê? porque eles, mesmo sem saberem diretamente, são meus protetores terrenos e fazem essa dilaceração, porque, é assim que eles abrem o meu coração e entram.

Logo após, uma sensação de acolhimento, ternura quente  e segurança, cobrem meus dias sem graça. E isso uma graça. E isso é uma Graça do Divino! E que seja ele Gabriel, Rafael ou Jardel, zelam pelo meu bem estar.

Nessas horas, o Profano se esconde atrás das fendas da minha alma, porque sabe exatamente o momento de se recolher. Mas ele sai do foco, permanecendo em cena.

O DIVINO E O PROFANO

O que nos faz atribuir divindade ao que é Profano e profanar o Divino?
Imagino que seja a inquietude humana. O fato de precisarmos desconstruir o construído, seja ele que elemento for.
De qualquer modo, sou uma observadora contumás da inquietude humana. Talvez porque fervilho com isso. Dentro de mim co-habitam esses dois paradigmas. A vestes de um cabem no outro. Eles se irmanam e por vezes, são algozes entre si. Penso que eles são um só. São eles a medida da desmedida do que cresce e se projeta dentro e fora de mim.
Assisto essa contradição que se completa, desde os meus dias de adolescência, residindo em Salvador. Até então, o Divino e o Profano não se misturavam. Mas aí, os ví juntos e misturados num sincretismo imenso que me tomou por inteira e eu nunca mais deixei de cultivá-los, Assim mesmo: um sendo o outro...o outro sendo um.
E aqui estou eu. Preenchida desses dois meninos que querem, com muita gritaria ser um maior que o outro, alternadamente ou conjuntamente.
E a residência em que eles habitam, por vezes na minha alma, em outras, dentro do meu coração, quase como residências de estações de trabalho e férias, me conduzem à fonte da inquietude humana.
Então eu leio, estudo, penso, falo, sinto e observo.
Daí, dei-me o direito de também ter um Blog. Um espaço em que eu possa registrar essas duas faces que me habitam. E é isso que eu vou fazer. Em escrita própria ou citando, copiando e colando, nesse espaço registrarei o que me for interessante e que açoite ou amenise essas duas criaturas.
Pois aí segue meu EU-Divino e meu EU-Profano, pois, de tanto se instigarem, penso que eles sou eu.
Pax et Lux,
Marcia Valéria Lira Santana