QUE BOM, VOCÊ CHEGOU!

Meus queridos,

Seja Divino, seja Profano, sejamos nós, os dois, que bom que você veio!
Aqui, colocarei minhas impressões, fatos, comentários, pensamentos, textos interessantes de outros que fortaleçam esses elementos que em mim residem.
Meu lado místico, florescerá!
Meu lado técnico se posicionará!
E você usufruirá do meu cantinho ... o que me dá muita alegria.
Comente à vontade, se torne seguidor e compartilhe minhas ideias nas Redes Sociais.

Namastê!!!

Marcia Valéria Lira Santana



segunda-feira, 18 de abril de 2011

UM POEMA PRA ABRIR A SEMANA*

Um Poema de Madre Tereza de Calcutá

Muitas vezes as pessoas são
egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas
podem acusá-las de egoísta, interesseira.
Seja gentil assim mesmo.

Se você é uma vencedora, terá
alguns falsos amigos e alguns
inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesta e franca,
As pessoas podem enganá-la.
Seja honesta e franca assim mesmo.

O que você levou anos para construir,
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso
Pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final das contas,
é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e
as outras pessoas.


Marcia Valéria Lira Santana

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SER CHIQUE SEMPRE*


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", o telefone, quando estiver sentado à mesa do restaurante,  prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda,  correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.
 
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas,  Amor e Fé nos tornam humanos!

*GLÓRIA KALIL

sexta-feira, 8 de abril de 2011

NEM O DIABO VAI QUERER TE CARREGAR

Eu não me amo.
Eu me odeio.
Eu já nasci de saco cheio.
Minha cor é acesa.
meu gosto é azedo.
Meus sonhos são pesadelos.
- horizontes?
- retorcidos
- e os dias?
-trevas
e as noites?
- pesadelos.
- futuro?
- suicídio
- salvação?
- um lençol branco
- branco
- branco
- limpo
- limpo
- puro
- puro
...................
descance em paz
..................
Quem?
- Eu?
- você?
- nós?
- eles que se foram ....
- ele?
- Ele?
- Quem?
- por que?
- pra que ?
- pra quem?
- por quem?
- pela mãe que não foi, ou pela que se foi?
- pelo que se vai ficando aqui? no toco, no foco, em fosco, perdendo pra luz, sem luz, ...
- mas ... que luz?
- a da salvação?
- a da adoção?
- a da perdição?
- a da solidão?
- a da contração? ....
Eu mato o mundo
Eu mato
Eu sou mente
Eu minto
Eu morro!
- Vá ao inferno que nem o diabo vai lhe querer lá
- nem o limbo,
- nem ... NADA
- Se alguém está em PAZ?
- não sei, nem sei ...
- talvez quem Morreu. Morreu. Morreu. Meninas ... Meninos ...
- E a Esperança?
- FOI COM ELES!
- O que ficou?
- O pânico ... o sentido de que nada mais faz sentido.
- Qual lição pra se continuar vivo?

- SÓ O AMOR SUPERA O MEDO

Marcia Valéria Lira Santana

quinta-feira, 7 de abril de 2011

PENSAMENTO DO DIA!!!







"As palavras são obras de arte que tornam a ciência possível.
As palavras são abstrações que tornam possível a poesia.
As palavras significam a recusa do homem em aceitar o mundo como está."
(Walter Kaufman)


quarta-feira, 6 de abril de 2011

TRADUZINDO A SAUDADE

Tem um pedaço faltando
Faltando em meu coração
Que faço com ele sangrando,
Se a causa é a solidão?
Dele se esvai sangue pulsante
E fica um corpo ausente
Daquela visão atraente
Um sonho, desejo inquietante.
E por passar horas e dias
Aquele coração deságua.
A alma flagela e fria
Convulsa alucinante, delira!
E ela embora errante,
Não foge do amor-amante.
Se une
Faz alegria
Promete que faz um dia
O ato que deveria
Sarar o corpo que ardia
Num pronto e tudo podia
Velar a noite e o dia do coração que partia
E o pedaço que faltava
E o sangue qu esvaia
E o desejo que ardia
E as horas e os dias
Somavam na alma nova que surgia
Um novo sentido de ser.
E mesmo em delírio provocado pela sangria
Ela não se esqueceria por que ficara assim:
Ficara pela solidão
Ficara pela paixão
Ficara por Ser e não ter
Ficara por Ter e não ser
Porquê
Para estancar solidão
Só presença.

Marcia Valéria Lira Santana

Tratado sobre a mortalidade do amor

Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio ensurdecedor depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, feito Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho-papão. Outros confessam sua culpa em altos brados, fazendo de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente", ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.

Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.
Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, definhando paulatinamente até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série, ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da TV ligada na mesa-redonda ao final do domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram - teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. Mas não quero acreditar nisso.
Um dia vou colocar um anúncio, bem espalhafatoso, no jornal.
PROCURA-SE: AMOR-FÊNIX (ofereço generosa recompensa).
Autor: Alexandre Inagaki

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ela

Apaixona-se por hábito. Pavio curto, esperança a metros. Desnuda de medo, transparente. Crente, roga aos céus pelos seus. Pés no chão, mãos ao coração, salto alto que voa. Saia rodada, recatada, acima do joelho, gentil espelho. Boca suave, corpo selvagem, coração de bomba. Punhado doce e pitada azeda, quer hoje o que não queria. Não quer mais o que desejou. Testa de não sei. Sorriso de sim. Choro de não. Ombro de talvez.

Bela. Rara. Incertezas e quereres: seus ofícios. Pode ser depois o que não era antes. E nunca mais para quem sempre foi. Cabelos ao vento, sempre atenta. Ontem fervia o que hoje resfria. Oras sol, oras chuva, trama e entrega, assanhada vulva. Toca e se retoca. Ajusta o caminho injusto. Teu ponto é dado a nó. Compaixão, coragem é tua religião. Arde em fogueira onde foi maré fria. Desce do salto em um segundo e sobe como se na palma da mão coubesse o mundo. Maquiada, cara lavada. Cheia de manias.

Do teu ventre, a vida, banhada com tuas lágrimas. Manhosa, misteriosa, poros poderosos, na ponta dos dedos segredos. Sagrada, profana, santa, divina, da vida. Vestida de intuição, luz, intenção e brilho próprio, se cobre com um dia, se traja noturna. Se prende com seu tato, embriaga com seu hálito. De perto tentação, de longe, saudade. Verdade e mentira, não queiram ver tua ira. De segredos. Feita de diversos infinitos e opcões. Não será ela se não for inconstante. É uma delícia ser, MULHER.

Vivianne Oliveira

domingo, 3 de abril de 2011

As sem-razões do amor

Para um domingo malemolente, esperando o meu amor, segue uma linda poesia do
Carlos Drumond de Andrade 


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.