QUE BOM, VOCÊ CHEGOU!

Meus queridos,

Seja Divino, seja Profano, sejamos nós, os dois, que bom que você veio!
Aqui, colocarei minhas impressões, fatos, comentários, pensamentos, textos interessantes de outros que fortaleçam esses elementos que em mim residem.
Meu lado místico, florescerá!
Meu lado técnico se posicionará!
E você usufruirá do meu cantinho ... o que me dá muita alegria.
Comente à vontade, se torne seguidor e compartilhe minhas ideias nas Redes Sociais.

Namastê!!!

Marcia Valéria Lira Santana



quinta-feira, 30 de junho de 2011

CAMINHANDO E CONTANDO!

E lá estava ela mais uma vez se sentindo despida.
O que a agasalhava ultimamente saíra do seu domínio, quase que como uma peça de seda que insistia em escorregar por entre seus dedos.
Não que ela quisesse ter essa vestimenta como um presente de luxo, daqueles que as pessoas se mostram e desfilam displicentemente por aí, fazendo de conta que não é essse o objetivo, mas é.
Ela ultimamente perdera as regalias da escolha do que a agasalhava.
Ficara por assim dizer, jogada ao relento, submetida aos destemperos do tempo, sem muita escolha com o que se agasalhar.
Esse processo geralmente a tirava do prumo.
Para ela a falta de acolhimento, tanto quanto de um Norte, de uma direção, de um objetivo claro entremeado por raízes e asas a fazia se sentir despida.
O desnudamento que a fazia congelar não a envergonhava.
Ela possuia o manequim perfeito e a capacidade de se ajustar a moldes como poucas que lhe circundavam.
No entanto, para ela era de fundamental importância os esclarecimentos oportunos do quanto e de como ela poderia vestir um novo modelo.
Era imprescindível se sentir integrada, aprovada, aproveitada e ouvida pelos modeladores da hora, porque ela tinha uma vasta e longa experiência nas mais diversas grifes e alfaiatarias por onde passou.
Nesses espaços, se fez modelar, fez moldes, seguiu e foi modelo também.
Vestiu muita gente, despindo-se de valores e vaidades, cobrindo-se com o espírito da solidariedade, daqueles que aquecem o fogo e refrescam a água.
Ela jamais deixou algum manequim desnudo. Algumas vezes pelas tramas da vida, entre cortes e recores, alinhavos e costuras, constatou costumes pequenos vestindo robustos corpos, mas nunca, jamais, fora capaz de deixar alguém desalinhado.
Portanto, mesmo com um cobertor curto e mal ajustado ela se agasalhará.
E por sua experiência de passarela e por saber dar os passos ajustados ao espaço da caminhada, ela desfilará.
E qualquer que seja a indumentária, sua performance, aos olhos dos admiradores, dos olheiros, e dos que de soslaio apreendem sua imagem, passará  melodicamente linda, em passadas harmonizadas, precisando apenas saber que passarela seguir.
O caminhar é um ato Divino!  O profano fica nas vestes.

De, Marcia Valéria Lira Santana

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O DIVINO PROFANO: O CÉU NÃO É MEU LIMITE

O DIVINO PROFANO: O CÉU NÃO É MEU LIMITE: "Um dia ela acordou como se fosse a primeira vez. Espreguiçou-se como se criança fora e olhou pela janela. O dia, não importava se cinza ou..."

O CÉU NÃO É MEU LIMITE

Um dia ela acordou como se fosse a primeira vez.
Espreguiçou-se como se criança fora e olhou pela janela.
O dia, não importava se cinza ou cheio de luz.
Os seus olhos apreciavam um brilho especial.
Talvez por conta dos lampejos que sua mente emitia a cada suspiro depois de um longo e sentido bocejo.
Estava na hora de levantar-se.
Mas esse movimento mais parecia com saltos de levitação.
Seria isso mesmo?
Uma sensação mágica como se andasse por sobre nuvens a invadiu. Melhor que levitar, a sensação de flutuar por sobre o chão frio e úmido a deixava tão extasiada que ela demorava a crer que seu acordar fosse real.
Caminhou em passos miúdos, aproveitando a energia.
Banheiro? nada! esse momento não era pra ser absorvido em tal local.
E assim, como se num rápido sobrevôo pela sala, chegou até sua varanda.
Olhou para os cantos de seu jardim ... mirou o céu e viu desenhos mimosos nas nuvens.
Numa cadeira sentou.
E entre os  assobios de Bentevis, zumbidos intermitentes das asas de colibris e de misturas de aromas marinhos e de anis, ela se constatou.
Como com isso EU SOU FELIZ!
Depois desse momento gentil, onde os seus sentidos afloravam jorrando tal qual uma nascente de rio, ela simplesmente constatou:

- A vida nos dá existência pelos sentidos, alma, corpo, mente, razão, emoção, id, ego, superego ...
Pessoas passam pela infância, puberdade, adolescência, juventude, se tornam adultos e envelhecem. Cinco estágios com períodos definidos e um que finaliza-se quando a morte vem.
E a cada instante a vida se movimenta tal como um pêndulo.

Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac ...

Você pode, a cada instante pender para um ato que lhe liberte ou escravize. Para o bem ou mal, e assim você modela cada passo que se dá nessa jornada.
Somos sujeitos de nossa própria experiência. Nos apropriamos todo tempo de simbolismos que  enraizam modos de cuultura que sedimentam a nossa compreensão do desenvolvimento universal formando um todo.
Devemos alçar voos  em busca de respostas para nós mesmos.
Para fortalecermos nossas causas devemos buscar direção e finalidade.
É sábio reconhecer nossas vontades com apetite, num  instinto permanente e voraz de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, brandura, necessidades e interesses diversos justificados pelo sentido de SER.
E assim, como Gabriel Araújo reflete, "Um dia perceberemos que o essencial da vida é apenas vivê-la, dos pequenos gestos, das pequenas coisas que ela nos oferece, daquela brisa matinal que renova nossa alma, ou, simplesmente, daquele toque carinhoso que afaga nosso rosto. Talvez viver um dia após o outro seja loucura, pois, talvez duremos mais do que imaginamos e para enfrentarmos isso, precisamos de planos. Façamos então esses planos" ... desse modo teremos a consciência de que fizemos e esse ato preenche a vida das pessoas de uma forma maravilhosa.
Daí ela empertigou-se, levantou, sorriu de sua Maestria e apenas conferiu:
- Cresci! e meu tamanho margeia e céu. E ele não é meu limite.

Marcia Valéria Lira Santana, em 16 de junho de 2011.

terça-feira, 14 de junho de 2011

CRÔNICA DO AMOR E SOFRIMENTO-Adriano Soares

A tristeza comeu-lhe o coração em pedaços, com uma fome infinita. Apossou-se do seu corpo, entrando por cada poro, sem deixar margem para negociações. E quando deu por si, lá já estava a tristeza desabrigando a sua alma, deixando-a ao relento. Hóspede ingrata, a tristeza não se faz inquilina; não há paga que queira compensar os cômodos que ocupa. Simplesmente se assenhora e faz suas as entranhas tomadas e submetidas aos seus caprichos.

E, assim, maltratada por aquela tristeza bravia, perguntou-se, afinal, "por que amar é sofrer?". Sendo o amor o sentimento mais bonito que poderia alguém ter, por que haveria de viver ele, o amor, amasiado com a dor, a solidão ou a saudade? Sim, a tristeza do amor é aquela malagueta, com as suas arduras e quebrantos, que maltrata a alma e espanca o corpo, deixando o peito estufado de quereres indomáveis, tragando o juízo com a ideia fixa, que não se deixa esquecer ou afastar.

E de tanto se perguntar, ela resolveu, com a convicção enraizada em granito maciço, que o melhor seria esquecer, afastar-se, tirar de si o sentimento que já lhe tomara as vontades e desejos, e arremessar para longe, como o escritor que amassa e joga fora o pedaço de papel com linhas mal escritas. E trabalhou, minutos a fio, nesse intento colossal, quando se deu conta de que o esmagamento do amor não lhe abrandava a dor e a saudade, porém apenas lhe tirava a razão pela qual o sol fazia o azul do céu mais bonito, de um anil sem nuvens a lhe toldar a beleza da manhã.

E ela, entre um e outro soluço, sorriu de si mesma e da sua dor, convencida que a solidão que pensava sentir não era solidão, mas excesso da presença do amor em seu corpo, em sua alma, em seu coração. O amor dói, pensou ela com o sorriso lavado em lágrimas persistentes, porque é abarcante, fazendo do outro o que parecia seu. E deu-se conta, então, que não há amor sem sofrer, porque simplesmente ele é tão caro, tão importante, tão presente, que a dor é o medo da perda e a solidão, o medo da ausência.

Ah, aquela angústia tinha então sentido. O medo de perder, o ciúme, as dúvidas, tudo isso faz parte do amor, é o próprio amor vivo, gritando o nome que lhe faz ser o que é. E ela, então, finalmente pode sorrir e dizer para si mesma: vale a pena sofrer cada sofrimento, porque é a prova de que se está viva e amando quem vale a pena ser amado.

Tags: Crônica
OLHAR PARA TRÁS

Um dia você vai lembrar de hoje e se perguntar por que teve tanto medo de agir.

Um dia você vai olhar para trás e se perguntar por que deixou que tantos pequenos contratempos o atingissem.

Um dia você vai olhar para trás e se perguntar por que não foi um pouco mais disciplinado e focado.

Se pudesse olhar para trás daqui a dez anos, o que você lamentaria não ter feito?
Se pudesse olhar para trás, que coisas você consideraria como as mais importantes do dia de hoje? Que oportunidades, que passam despercebidas hoje, seriam evidentes no futuro?

Uma vida de real valor e significado é algo que se constrói com o tempo, não um prêmio que se ganha por sorte ou habilidade.

O dia de hoje é uma oportunidade de construir a vida que você quer, uma oportunidade que não voltará.

O futuro é imprevisível, mas uma coisa é certa: você jamais se arrependerá de dar o melhor de si a cada momento.(Flávio Costa)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Adeus, prof. Ronalda!

Era uma vez, uma linda e pobre profa, professora, tia, dona Ronalda! Que se tornara RICA. RICA de pena e bico como se dizia há uns tempos atrás.
Ela havia seguido uma profissão muito digna. Era professora... E como um fenômeno... Cumprira todos os rituais de sua função e, após sua jornada, houvera feito muitos doutores, funcionários graduados e deveras outros Mestres, numa completa abstração do que haverá de
SER.

Havia também um jogador de futebol. Dom Ronaldo! Que se tornara RICO. RICO de Gols e de Cabrais, como se dizia há uns tempos atrás.
Ele havia seguido uma profissão muito digna. Era jogador... E como um fenômeno... Cumprira todos os rituais de sua função e, após sua jornada,houvera feito muitos doutores em gol, numa completa abstração do que haverá de SER.

Histórias iguais? ...... Quase .....

A diferença está no impacto imediato do que cada um proporcionou ao longo de sua jornada profissional.

Uma, dona Ronalda, plantou o feijão.
Um, seu Ronaldo, plantou o sonho.

A diferença reside na concepção.

O somatório está na decepção.

O que multiplica é a dissociação.

O que divide é a incerteza do que a sociedade, de fato, quer para si mesma.

Será o feijão?

Será o sonho?

Será o ser ou o ter?

Como será a minha prova final?



Marcia Valéria Lira Santana, hoje, dia 07 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SE


"Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!"


Obs.:
O poema If é de Rudyard Kipling , que é inglês nascido na Índia Britãnica  e essa é uma tradução de Manuel Bandeira
Kipling representa o imperialismo britânico na Índia e é dele o Livro das Selvas e o conto O Homem que não queria ser Rei e Gunga DIn


Oferecida pelo meu amor, Tadeu!